Pequeno adversário, grande decepção!

“Estreia é sempre muita tensão”. “O time precisa de uns 3 ou 4 jogos para engrenar”. “É preciso entender que os times do interior estão concentrados desde janeiro e nós tivemos apenas duas semanas de preparação”. “O time ainda está buscando a sua melhor formação”…

Todas essas desculpas caberiam como uma luva para o jogo Bahia e Atlético/BA, que teve o incrível empate de 3×3. Seria normal aceitá-las também, afinal elas explicariam o mal rendimento do Bahiacelona de Joel e o sofrível empate contra o ex-time de Alagoinhas. Mas algumas coisas precisam ser ditas. Vamos do início.

Paralela e orla com trânsito lento, churrasquinho de gato no capricho, gente fantasiada, cachorro fantasiado, estreia de jogadores, clima de festa e… problemas nas bilheterias. Foi um sufoco conseguir ingresso. Filas gigantescas, somente dois ou três guichês atendendo, confusão, fura-fila e a solução: cambista à “trinta real”. Não fosse isso faria como muitos outros que só entraram em PituAço após o gol de Junior.

Ainda no carro, ouvi que Vander ia entrar no time. Vander? O cara não tinha nem treinado entre os titulares… E pra piorar tirou Lulinha, um dos que vinham se destacando nos jogos-treino. Lembrei de meu pai explicando: “Joel faz uma loucura de última hora, porque se der certo ele diz que a minha mudança foi fundamental para a conquista…”

Apita o juiz. Em campo um time rápido, leve, impetuoso e dominando a partida. Toque do estreante Boiadeiro e gol do Diabo Louro. Festa nas arquibancadas, gritos de gol, “Bora Baêas” ”como a porra” e só alegria. Do outro lado um time horroroso, errando passes de 4 metros, entregando bolas, perdendo divididas e sem vontade de jogar.

O Bahia puxou o freio e administrou até o final dos primeiros 45 minutos. Mas o juiz deu mais 2 e numa falta na intermediária a “miséra” do Fausto (ex-Bahia) empata a partida no último lance do primeiro tempo. A galera, que não esperava, nem vaiou de tão espantada… Pensei com toda a minha fé: “que merda, viu! Deixar um time horrível como esse empatar a partida, e jogando em casa. Mas tenho fé em Joel. Ele vai acertar o time.

Apita o juiz e … gol do Atlético/BA. Um gol típico da Copa da África, onde a Jabulani matava os goleiros de raiva… Bahia atrás do placar. O time melhora e numa palhaçada do goleiro adversário, toque pra o Gladiador que acabar de entrar e “saco”. Tudo igual. ÔÔÔ Vai pra cima dele Esquadrão. Ôôoo… Gol do Atlético/Ba, de novo com o efeito Jabulaaani. Aliás, que viadagem essa bola rosa, viu?

A essa altura ninguém ganhava o “bolão” em nenhuma parte do mundo. Pra piorar Joel tira um homem de criação, Morais, pra colocar um de retenção. O Helder. Aí, papai, vá matá o diabo, Seu Joel… Pra piorar o volante só acertou um toque na bola, de calcanhar, o resto do jogo. Só rezando pra o inesperado. E o bendito do inesperado veio. Falta cobrada por Jussani, rebote do goleiro e Junior brocou de novo. Ao menos, um empate.

Não vi o Barcelona de Joel. Aliás, vi um time esforçado e cansado ainda na primeira etapa. Empatamos porque o Atlético/BA foi muito ruim também, apesar dos golaços dos ex-tricolores. Foi decepcionante. Mas vamos esperar. É só o começo. Vamos pensar assim, até a 5ª rodada… Uma zorra. Tem muito que arrumar Seu Joel. Acorda rápido. Esse filme e as desculpas do primeiro parágrafo, eu já ouço há 10 anos. O último 3×3 que assisti foi Bahia 3×3 Flamídia. Curiosamente no primeiro jogo em PituAço, no Campeonato Brasileiro da Série A, ano passado.

Bora Baêa Minha Porra!

Quem nasceu pra vencer não pode comemorar empate em Campeonato Baiano. O 44º título está jogo, meus amigos. Mas dessa vez, o “Bolão” acumulou. Ninguém em sã consciência marcaria esse placar. Nem o mas incrédulo Tricolor e muito menos o mais confiante rubronegro atleticano. Todo mundo se lascou…


Veja os melhores momentos de Bahia 3 x 3 Atlético-BA

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

Deixe seu comentário