Elkeson na seleção, e Alexi com isso?

“Agora eu quero ver o torcedor rubro-negro sabichão explicar por que o mesmo Elkeson passou a jogar um futebol vistoso (pra imitar cronista esportivo veterano) quando chegou ao Botafogo em maio deste ano. Expliquem os motivos de um jogador medíocre como ele, em poucos dias se transformar num craque que dá passe, arma jogada e faz gols, ah, e ainda vira homem de confiança do treinador. Expliquem doutores em futebol”.

A corneta ainda impera nas bancadas do estádio Manoel Barradas e soa mais forte ainda quando chega aos ouvidos da direção rubro-negra. Ninguém ouve o bom senso, ninguém valoriza a prudência, mas todo mundo ouve o soar das cornetas organizadas. Como diria o colega aqui do Bahia 247, Marcelo Caetano: “recebam the chicken jumping”, numa tradução livre para o português da expressão “recebam a galinha pulando”.

O técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Mano Menezes, mandou um recado direto para o presidente do Esporte Clube Vitória, Alexi Portela. Calma, calma, cocada, Maninho não soltou os cachorros em cima do carequinha rubro-negro, mas ao convocar o meia Elkeson (revelado nas divisões de base do Leão) para o jogo contra a Argentina, na próxima quarta-feira, em Belém, foi como se tivesse dito: “Vocês não deram valor, mas eu dei”.

E é bem por aí mesmo! O garoto de apenas 21 anos, que ainda sofre com o aparelho ortodôntico, foi alvo da ira e impaciência do torcedor do Vitória quando jogava por aqui, pelas bandas das terras de Caymmi. Tá bom, o menino abusou da irregularidade em diversas partidas, cansou de perder gols feitos, ok, parem por aí! Quem entende minimamente do riscado futebolístico sabe que o menino tem bola no pé.

E a direção do Vitória sabia disso, morria de saber, mas não valorizou o produto interno: de 2009 até 2011, Elkeson foi um dos maiores destaques do clube. Dava passe, fazia gols, era uma esperança, um alento pra um clube carente de craques. O menino do nome esdrúxulo talvez tenha sido o último das safras mais recentes.

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