Só o Barradão pode nos salvar

Ontem fui dormir 2h da manhã. Foi dura, a adrenalina foi lá em cima. Pensando no jogo e nas suas circunstâncias, cheguei à conclusão que mesmo jogando mal, algumas das críticas que ouvi durante a madrugada depois do jogo, devem ser atenuadas.

Não concordo com os que dizem que o time foi covarde, não concordo com os que disseram que Ricardo trabalhou mal e que o técnico jogou atrás para se defender. O que é fato, e temos que absorver como uma verdade insofismável, é que eles são muito melhores que nós e motivados, jogando em sua casa, ficam insuportáveis, como foram com todos os adversários que enfrentaram na Vila Belmiro. Não vou ficar aqui comentando uma partida onde só um time esteve em campo, em que pese a luta do outro.

E ainda tivemos dois agravantes indiscutíveis. Ficamos com um grupo pequeno para essas finais e perdemos jogadores importantes e indispensáveis. Mas não temos porque desanimar. Não seria a primeira vez, inclusive na Copa do Brasil, que partimos para jogar a segunda no Barradão com a desconfiança de todos, depois de má performance fora de casa, transformando as críticas em elogios. Não vou ficar comentando uma partida onde só um time esteve em campo, em que pese a luta do outro. Todos viram.

É claro que numa decisão, o fator emocional pesa pra quem precisa do resultado e vamos enfrentar um time completo e de indiscutível qualidade. Volta seu melhor zagueiro, Edu Dracena e o experiente lateral Léo.

Não vou ficar aqui opinando sobre as opções de Ricardo, pois sabemos que são poucas. O que recomendaria era esquecer o jogo do Brasileiro e trabalhar a equipe intensamente para essa partida. E rezar que Nino ganhe condições, pois acho que dificilmente teremos Rafael. E se formos aos pênaltis, seremos campeões.

E lembrar que estaremos em campo com nosso maior centroavante. Ele já fez a diferença muitas vezes. Me lembro quando construía as arquibancadas do Barradão atrás dos gols, recebi uma ligação do saudoso amigo, querido e histórico dirigente rubro negro – que saudade!- Maneca Tanajura, que na sua paixão desenfreada, reclamava que eu estava gastando dinheiro com arquibancada, quando deveria usar os recursos para contratar atletas. Lhe respondi que ali estava nascendo nosso maior centroavante.

Por Paulo Carneiro

Dia 31/08/2010 – Ao vivo: Vitória x Botafogo

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