Mais uma vez, o Bahia não fez uma boa partida e apenas empatou em 2×2 com o Atlético, penúltimo colocado do Grupo 1, também entre todos os participantes do campeonato baiano de 2010, superando apenas o Colo-Colo de Ilhéus, que é colo quente da mãe Joana deste torneio que já nasceu falido.
Ainda ontem, os sites, BLOGs, trouxeram novamente as velhas e cansadas manchetes do tipo: “Bahia decepciona e só empata” e outras neste caminho, sempre demonstrando que estávamos diante de um fato novo, ou que o resultado se decorreu de uma má fase ou de um eventual tropeço.
São manchetes patéticas, que visam apenas atrair atenção e sensibilizar alguns corações ainda de aço. Fato é, o Bahia foi extinto (redescobri a pólvora), acabou e se exauriu enquanto clube de futebol, e faliu enquanto instituição esportiva; o Bahia é hoje o que antigos chamavam: “doutor pasta pura”, “camisa de linho”, “gravata borboleta”, e a pasta repleta de volantes de loteria esportiva, criando volume e trazendo falsas impressões de bons negócios.
Por isto, precisamos entender que ontem o time progrediu, foi capaz de empatar com o Atlético de Alagoinhas, sim, empatámos fora de casa e precisamos festejar, especialmente depois de ter levado uma virada, e com uma atenuante: ainda se ressentia dos efeitos da ressaca da inédita goleada sofrida no último domingo em Pituaçu e, no jogo de ontem, também tivemos uma agravante: contámos excepcionalmente com o improviso de um empresário da noite tirando uma de ponta de lança.
O passado glorioso já não é capaz de sustentar a nossa famosa arrogância e chegou a hora de remover o paletó de linho e admitir que torcemos para um clube que se transformou no tamanho dos seus dirigentes, ou seja pequeno, miúdo, frágil e humilde em todos os aspectos, minúsculo até mesmo em qualquer perspectiva de melhora, ainda que em longo prazo. Domingo próximo teremos novamente Bahia x Atlético, em Pituaçu, continuo Bahia, aposto com qualquer um, porém quero 2 gols de partida.