O Bahia não decepcionou em Alagoinhas

Mais uma vez, o Bahia não fez uma boa partida e apenas empatou em 2×2 com o Atlético, penúltimo colocado do Grupo 1, também entre todos os participantes do campeonato baiano de 2010, superando apenas o Colo-Colo de Ilhéus, que é colo quente da mãe Joana deste torneio que já nasceu falido.

Com o resultado, o tricolor permanece na terceira posição do Grupo 2, com 8 pontos, atrás somente do Fluminense de Feira e do Camaçari e, de quebra, salvou o emprego do técnico Renato Gaúcho, que foi contratado não por ser um profissional de qualidade, mas sim pelo poder que tem em oferecer ao Bahia certa visibilidade, tão apreciada pelo presidente Marcelo Guimarães Filho.

Ainda ontem, os sites, BLOGs, trouxeram novamente as velhas e cansadas manchetes do tipo: “Bahia decepciona e só empata” e outras neste caminho, sempre demonstrando que estávamos diante de um fato novo, ou que o resultado se decorreu de uma má fase ou de um eventual tropeço.

São manchetes patéticas, que visam apenas atrair atenção e sensibilizar alguns corações ainda de aço. Fato é, o Bahia foi extinto (redescobri a pólvora), acabou e se exauriu enquanto clube de futebol, e faliu enquanto instituição esportiva; o Bahia é hoje o que antigos chamavam: “doutor pasta pura”, “camisa de linho”, “gravata borboleta”, e a pasta repleta de volantes de loteria esportiva, criando volume e trazendo falsas impressões de bons negócios.

Por isto, precisamos entender que ontem o time progrediu, foi capaz de empatar com o Atlético de Alagoinhas, sim, empatámos fora de casa e precisamos festejar, especialmente depois de ter levado uma virada, e com uma atenuante: ainda se ressentia dos efeitos da ressaca da inédita goleada sofrida no último domingo em Pituaçu e, no jogo de ontem, também tivemos uma agravante: contámos excepcionalmente com o improviso de um empresário da noite tirando uma de ponta de lança.

O passado glorioso já não é capaz de sustentar a nossa famosa arrogância e chegou a hora de remover o paletó de linho e admitir que torcemos para um clube que se transformou no tamanho dos seus dirigentes, ou seja pequeno, miúdo, frágil e humilde em todos os aspectos, minúsculo até mesmo em qualquer perspectiva de melhora, ainda que em longo prazo. Domingo próximo teremos novamente Bahia x Atlético, em Pituaçu, continuo Bahia, aposto com qualquer um, porém quero 2 gols de partida.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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