Campeonato baiano é um fracasso de público

Nenhuma novidade, este é do tipo de fracasso que já sabemos antes mesmo da bola rolar, especialmente quando se cobra R$ 30/40, para se assistir um futebol de péssima qualidade. 126 pessoas para assistirem a uma partida de futebol, dito como profissional, é uma amostra de que algo tem que mudar. Domingo passado, o jogo de futebol de praia entre Roça da Sabina x Seleções do Calabar, atrás do Barravento, na Barra, às sete horas da manhã, atraiu um público maior.

Sou daqueles que defendem a total extinção dos regionais da região, abrindo espaço para um campeonato do nordeste até o inicio dos campeonatos da série A e B. Ontem se noticiou que o Bahia deve pagar os salários atrasados até sexta-feira, agora pergunto, como pagar salários e encargos quando se disputa um campeonato tão deficitário? O jornalista Rafhael Carneiro, do Jornal da Metrópole, acredita que a solução pode ser o programa “Sua nota é o Show”, confira .

O programa sua nota É UM SHOW é fundamental para a viabilidade do Campeonato Baiano. A constatação é fácil de ser feita e comprovada, sem exigir grandes estudos tampouco experimentos. Basta conferir a média de público das primeiras rodadas da competição. Sem o projeto do governo estadual, o Baianão é disputado em estádios praticamente às moscas. A média nos 36 jogos realizados, até agora, é de 2.667 pagantes por partida, gerando assim uma receita aproximada de apenas R$ 41.593, dinheiro que mal dá para pagar as despesas obrigatórias com a praça esportiva.

A Secretaria da Fazenda já aprovou a extensão da Sua Nota É Um Show para os torcedores do interior do Estado. O benefício não entrou em vigor ainda apenas por causa de divergências entre o desejo do secretário Carlos Martins e o interesse dos clubes e da Federação Bahiana de Futebol (FBF).

O governo quer que a troca dos cupons e notas fiscais por ingressos seja feita somente por telefone. As equipes defendem que o modelo misto, que incluía a possibilidade de fazer a troca presencial nos estádios, como ocorreu no ano passado.

“Este formato é importante porque colocamos para o torcedor gradativamente, que, no futuro, a troca será efetuada somente por telefone”, opina o presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues. Enquanto as partes não entram em acordo, o torcedor prefere economizar R$ 10 ou R$ 20 toda semana, os presidentes sofrem antecipadamente prevendo as dificuldades para pagar em dia os salários dos jogadores, e o Campeonato Baiano caminha para ter a pior média de público dos últimos anos.

Uma das provas de que o Baianão ainda não empolgou a torcida foi o público do primeiro Ba-Vi do ano. Com o clássico marcado inexplicavelmente para a 3ª rodada, apenas 19.113 pessoas pagaram ingresso. Apesar do número bem abaixo do esperado, foi o Ba-Vi quem salvou a rodada de ter a pior média de público desde o início do campeonato.

O dia 24/1 também registrou o menor público do Baianão. Somente 128 pessoas foram ao Estádio Alberto Oliveira, o Jóia da Princesa, para acompanhar Bahia de Feira X Camaçari.

Autor(a)

Deixe seu comentário