Quem é Rodrigo Gral, novo atacante do Bahia?

Como temos feito habitualmente com os jogadores contratados pelo Bahia, fomos buscar as informações possíveis de alguns deles pela via natural, a internet. Ontem, o Bahia ( imprensa) anunciou a contratação do atacante Rodrigo Gral, 32 anos e, como informação principal, é que começou no Grêmio, depois embarcou para o Japão, por lá ficou alguns anos e desembarcou e estacionou no Catar e pronto.

Isto é pouco, tão pouco que acredito que 11 em cada 10 torcedores do Bahia estão perguntando uns aos outros pelos becos e quebradas: “Quem é Rodrigo Gral? Da onde veio, pra que veio, onde jogou, quais são suas qualidades técnicas? Vai resolver a parada?”. Pois bem, abaixo segue um texto bem escrito, que é um autentico Raio X da carreira do novo jogador do Bahia. Leia, e depois não diga que Santo Antonio tá de sacanagem e te enganou! O diagnóstico é do site olheiros.

Não são poucos os brasileiros que procuram um eldorado inóspito para manter a fama de goleador. Rodrigo Gral, ex-Grêmio, Sport e Seleção Sub-20, está entre esses. Parceiro de ataque de Ronaldinho Gaúcho com a camisa verde-amarela, hoje atua no modesto Al-Khor, coadjuvante na Liga do Qatar. Há sete anos longe do Brasil, é um nome cada vez menos presente na memória do torcedor comum.

Rodrigo ficou conhecido entre os brasileiros pela entrega dentro de campo. Longe de ser um atacante virtuoso, tampouco técnico, fazia da abnegação uma de suas principais – e únicas – armas. Mesmo assim, provocou expectativas e foi tratado como jóia, especialmente pelo desempenho com a Seleção Brasileira Sub-20.

A aparição de Rodrigo Gral no futebol profissional veio cedo, em 1997. Na conquista da Copa do Brasil, em um time onde despontava o jovem Tinga e Evaristo de Macedo exercia a sucessão de Luiz Felipe Scolari, o garoto Rodrigo detinha um papel coadjuvante, mas de razoável utilidade.

Esteve, inclusive, uma temporada aos serviços do Juventude, fazendo um trajeto comum das promessas gremistas sem espaço no Olímpico. Sem grande destaque, mesmo enquanto ia bem com a Seleção Sub-20, Rodrigo foi cedido ao Flamengo em 2000. Uma lesão grave no joelho, porém, abreviou suas oportunidades na Gávea, em uma época em que grandes craques circulavam com naturalidade pelo Fla.

Sem espaço e cada vez menos prestígio, então, Rodrigo Gral foi tentar a sorte em outro rubro-negro. Acertou com o Sport Clube do Recife, onde, surpreendentemente, viveria seu melhor momento individual em clubes brasileiros. Era uma época ruim para o Leão, que cairia no Campeonato Brasileiro poucos meses depois. Rodrigo, porém, brilhou no Campeonato Pernambucano: fez 14 gols e ao lado de Kuki, campeão com o Náutico, terminou na artilharia do certame

Carreira na Ásia

No futebol japonês, onde chegou após a passagem pelo Sport, o catarinense Rodrigo Gral, de Chapecó, defendeu três equipes diferentes. A primeira delas, o Jubilo Iwata, é de onde guarda as melhores recordações. Com Rodrigo no comando do ataque, e fazendo muitos gols, conquistou a J-League e a Copa do Imperador.

Após quase quatro anos no Jubilo, passou rapidamente por Yokohama Marinos e Omyia Ardija, já sem grande sucesso. Mesmo com a reputação já em baixa pelo Japão, Rodrigo se recusou a retornar ao Brasil e jogar por um clube menor, caminho comum para tantos. Transferiu-se para o modesto Al-Khor, da primeira divisão do Qatar.

Por lá, atua com regularidade, embora não atinja destaque relevante. Atualmente, o Al-Gharafa – de Araújo, ex-Cruzeiro e Goiás – e Al Sadd – de Felipe, ex-Vasco -, dominam o cenário do futebol do Qatar, com muito mais investimentos e, conseqüentemente, resultados dentro de campo.

No fim das contas, com 32 anos nas costas, Rodrigo Gral dificilmente confirmará o que dele um dia se esperou. Embora as expectativas fossem abafadas por sua nítida limitação técnica, poderia ter feito sucesso como atacante rompedor, tal qual tantos outros no futebol. Hoje, cada vez mais apagado na memória do futebol brasileiro, é um caso claro de eterna promessa. Por ser um jogador comum, apenas abnegado, desprezou a possibilidade de fazer carreira em clubes menores do país. Em centros menores, encontrou certo prestígio e um bom dinheiro. Uma escolha compreensível.

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