Cadê o dedo do Gestor? A hora é essa, Comelli errou!

Na estréia do Técnico Paulo Comelli, aconteceu o que mais se temia: Assim como no jogo em Itabuna em 2008, quando após perder o último BAVI, depois de ter vencido os três últimos, é bom que se diga, Comelli foi para Itabuna e levou três gols da fraca equipe itabunense à época, ou seja, Paulo Comelli reage muito mal sob estresse e erra como errou daquela vez, quando por isso deu de mão beijada a competição para o rival. O Técnico do Bahia repetiu o erro, daquela ocasião agora em Natal, frente ao modesto Time do América de Rafael e Ramirez, jogadores conhecidos nossos e reprovados por aqui.

Por certo que a equipe formada esse ano por Paulo Carneiro, vem se mostrando muito fraca, principalmente quando sai do script da sua formação pensada por Gallo, isso, claro, por falta de substitutos à altura dos que seriam os prováveis titulares imaginários. Galo planejou assim: Marcelo, Patrício (dispensado), Alisson (no DM), Nem e Rubens Cardoso. Leandro, Elton, Léo Medeiros (afastado por questões além técnica) como 3º Homem de armação e um meia ofensivo ainda não contratado até hoje. No ataque Beto e Reynaldo, apenas para o campeonato baiano. Ou seja, imaginaram a comissão técnica junto com o gestor, acrescentarem após o campeonato baiano apenas três ou quatro jogadores, que seriam dois atacantes um meia ofensivo, com isso formaria a base do Time e correções só fariam se novidades surgissem, como de cara surgiu a contusão do bom zagueiro Alisson, até aqui ainda insubstituível.

Se essas composições planejadas na prancheta e que até certo ponto vinha funcionando e bem durante o campeonato baiano, mesmo surgindo problemas, a dinâmica do planejamento deveria seguir suprindo as vagas surgidas dentro do planejado, inclusive com a chegada de Comelli. Não pode agora, com a saída de Gallo e vinda de Comelli, rasgar o planejamento e partir de outras observações, isso não é dinâmica de planejamento, isso é desprezar tudo que foi estudado cuidadosamente e aventurar-se por caminhos desconhecidos e abetos em cima da perna.

O grande erro de Comelli, imperdoável até, foi, de um lado ser conservador, quando praticamente escalou a equipe dos tropeços de Gallo, e por outro lado alterou o esquema tático da equipe. O ano todo o Bahia jamais jogou com três zagueiros, principalmente com Leandro compondo uma dessas opções, quando durante as partidas, Gallo até fez isso, para o caso, utilizou Rogério nessa função que Comelli inventou para Leandro, que ficou em Natal, parecendo uma barata tonta.

Outro erro crasso de Comelli foi ao impor três zagueiros e liberar os laterais Marcos e Ávine, tirou as funções dos volantes de proteção da zaga para agora fazerem o famoso para brisa nas laterais e foi por aí, bem na entrada da área que as falhas vieram, claro, os volantes abriam e o meio ficava desprotegidos com os zagueiro no mano a mano para arremates dos atacantes, que sequer são lá grandes coisas, apenas funcionou por erros do Bahia.

O caminho de volta para a estabilidade do Time é buscar a formação do inicio do Campeonato baiano, quando inclusive bateu o rival no seu santuário e apenas substituir as peças hoje em falta, de forma que a dinâmica do planejamento seja mantida, nunca repensada integralmente.

Dos que criticam severamente Paulo Carneiro tres motivos claros têm para tanto: O primeiro é a torcida do Bahia, desconfiada e sofrida, reage negativamente levada por opiniões discutíveis. O segundo motivo, é a própria torcida adversária, de onde Paulo Carneiro veio, que teme desesperadamente que Carneiro dê o jeito que deu, à época no Time deles e o terceiro motivo vem de setores da imprensa ( Radio Itapoan FM) que alimentam suas rixas, pressionando-o frente a insatisfação da torcida do Bahia e a gozação da do rival de forma que mine o gestor de ações mais agressivas capaz de resolver a questão, pois pouco estão se lixando se por isso, o Bahia pague o pato.

Agora é vez de funcionar o dedo do Gestor de Futebol Paulo Carneiro, isso sim, precisa cobrar, encostar Comelli na parede e dizêr que o tricolor não precisa de aventuras, apenas seguir o planejamento, enquanto que ao gestor compete dar-lhe as peças que faltam e que até agora ainda não foi providenciada. No mais é tocar o barco no rumo certo que tem tudo ainda pra dar certo.

Rui Carvalho

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