As aleivosias do Bahia

É verdade que o conselho do Bahia é democrático? Não. Quem está dizendo que nosso conselho é democrático está necessariamente faltando com a verdade. O conselho do Bahia, hoje, não é expressão da vontade dos sócios, mas de poucos, uma oligarquia, que pode ou não representar a nação tricolor, mas jamais democrático, pois o conselho é viciado por sua estrutura nepotista e clientelista. Não podemos ser mais realistas que a realidade. A realidade é que não temos ainda uma expressão da vontade dos sócios no conselho do Bahia.

Um conselho que deveria ser a expressão dos sócios não teria Rui Accyoli como presidente. O resto é a velha forma de articular os fatos, e puro maniqueísmo apaixonado pelas formas em detrimento da expressão autônoma dos sócios e torcedores. Temos membros muito queridos entre os conselheiros do Bahia, mas ainda é uma minoria dado o caráter predominante do conselho, em sua formação, de apaniguados, parentes e pessoas que levaram o Bahia a uma situação insustentável.

De radicais não podem ser chamados os que querem um Bahia renovado, pois que o radicalismo que insinuam traduz o sectarismo dos que acusam. Não há o que temer com um Bahia renovado, mas sabemos que existem pessoas que podem ser bastantes reacionárias na hora de colocar em jogo os interesses de uma nação, que não pode ter apadrinhados escolhendo pelos sócios. Nepotimos, clientelismo e outras formas de corrupção não podem ser mais toleradas em uma instituição que se presa.

As aleivosias do Bahia não podem conviver com uma ambiente democrático. Voluntarismo e romantismo nessa hora não servem. O Bahia precisa de uma utopia geradora de realidades no porvir. Engana-se quem acha que pode falar meias-verdades o tempo todo. Em algum momento a verdade vem a tona e tudo será esclarecido. Existe algo de podre no reino da “Dinamarca”. Isso não tenho dúvida. Alguém forçou um processo e agora estão sendo apuradas todas as implicações dessa atitude.

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