Está prevista para acontecer nesta terça-feira (24) uma reunião entre representantes do Esporte Clube Bahia e a prefeitura para acertar valores da desapropriação da sede de praia do tricolor. Ontem, numa primeira reunião, ficou foi acertado a desapropriação da sede ainda este ano, para a revitalização da orla de Salvador, conforme já havia sido divulgado no sábado. Para o presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, o projeto da prefeitura é bom e o Bahia vai lucrar com isso. “Tivemos a primeira conversa, mas ainda não falamos de valores. O Bahia vai se desfazer da sede, mas o torcedor pode ficar tranquilo, pois teremos um bom retorno na negociação“, assegurou Marcelinho Guimarães, que já teria articulado antes a desapropriação com a prefeitura.
Porém, os valores que o Bahia esperava no ano passado, que chegava aos R$ 25 milhões, não serão os mesmos, diminuindo consideravelmente. Dívidas trabalhistas e com o IPTU, não revelado, mas que já ultrapassa R$ 1,5 milhões, pode reduzir ainda mais o valor. O cartola tricolor assegura que a Sede de Praia Paulo Maracajá gera mais despesa que lucro. “Na verdade, temos muitos gastos ali, como o IPTU. Temos um trabalho social com os associados, mais é muito pequeno, comparado com o que o clube pode fazer, mesmo sem a sede, decidimos que será melhor a desapropriação”, avaliou. (blog do Samuel Celestino)
A sede de praia do Bahia já deu vida a um tempo em que os clubes eram efetivamente grandes incentivadores dos desportos. Hoje, contrariamente ao que pretende o Brasil ao abrigar uma Olimpíada, a Bahia perde mais um clube social. Essa situação não foi só gerada pelo E.C.Bahia e más administrações, mas também pelas imperfeições da lei Pelé ao tentar igualar clubes a empresas. Esse tratamento que os clubes vem sofrendo depois da lei Pelé inviabiliza a maioria dos clubes brasileiros, a ponto de todos se tornarem reféns de empresários e terem que reduzir consideravelmente seus investimentos em suas divisões de base.