Bahia pode ter Pituaçu no início de agosto

O governador Jaques Wagner voltou a reacender a esperança na torcida do Bahia. Em entrevista ao radialista Armando Mariani, no programa Balanço Geral da Rádio Sociedade de ontem, o governador afirmou mais uma vez que o prazo para entrega das obras de reforma do Estádio Metropolitano de Pituaçu está mantido para o final do mês de julho. Revelando ser torcedor do Bahia, Wagner disse estar preocupado com a atual situação do clube.

Por causa dos atrasos causados pelas fortes chuvas que caíram na cidade e pela greve dos trabalhadores, que durou 18 dias, o governador admitiu que o estádio seja inaugurado apenas no início de agosto. Um alívio para a torcida e para a própria direção do Bahia, que tem sofrido com os prejuízos nos jogos em Feira de Santana.

A possibilidade de privatização foi confirmada pelo governador. No entanto, Wagner ressaltou que a licitação só deve ser feita daqui a três anos, quando o novo estádio, possivelmente no local da Fonte Nova, for construído. Isso para que o governo do Estado não tenha que administrar duas praças esportivas. Wagner negou, ainda, que a necessidade de democracia para concorrer seja uma tentativa de impor eleições diretas no Bahia.

Principal interessada no assunto, a diretoria do Bahia viu a notícia com bons olhos. Essa seria uma forma de amenizar o prejuízo financeiro causado pelo esvaziamento das arquibancadas.Batistão volta a ser especulado

Mas, enquanto não conta com Pituaçu, a direção do clube está analisando outras alternativas para não ter de jogar mais em Feira de Santana. Estão na lista de possibilidades do clube o estádio Batistão, em Aracaju, o Luiz Viana Filho, em Itabuna, e, até mesmo, o Barradão, em Salvador. Os entendimentos estão sendo mantidos e o Bahia vai analisar o que é melhor para o clube.

Mas, se a palavra de Jaques Wagner for realmente confirmada, o clube pode até continuar em Feira de Santana. De acordo com as previsões iniciais, o primeiro jogo no estádio seria no dia 5 de agosto, contra a Ponte Preta. Até lá, o clube tem apenas mais quatro partidas como mandante. Com informações da Tribuna

13:23hs – A possibilidade do Bahia jogar no Estádio Lourival Batista, em Aracaju, é do tempo de quando o arco-íris era ainda em preto e branco (leia aqui noticia publicada em 25 de Janeiro deste ano) Já mandar os jogos no Barradão me parece que a intenção é apenas desgastar o clube, afinal, até enquete foi feita pela diretoria do Vitória sobre essa possibilidade, e o resultado foi que: No Barradão só quem joga é o Leão com direito a deboche com faixas esculhambada do tipo: “Podem mendigar, mas aqui não vão jogar” leia aqui

Essa polémica abre uma velha ferida e sugere uma pergunta: Sendo o Esporte Clube Bahia uma sucursal avançada no finado PFL por tantos anos, porque nunca pensou em usar este prestígio em favor do clube como fez o Vitória ( o que é vermelho e preto) que fez seu estádio?
De qualquer sorte, jogar em Aracaju me parece uma boa ideia, até porque, está provado que Bahia e Feira de Santana não se acertaram, e a torcida do Bahia é imensa entretanto fiel só, quando existe a associação do Bahia, e o estádio da Fonte NovaComo previsto, torcedores do Vitória repudiam o Bahia no Barradão
19:32hs – Ofício de um Conselheiro à Diretoria sobre o mando de campo do Bahia.
Confira abaixo:
Ao: ECV – ESPORTE CLUBE VITORIA
Caros Senhores / Amigos,

Como conselheiro do nosso clube, sinto-me no direito de emitir algumas opiniões e considerações sobre o assunto que domina a mídia esportiva de Salvador nos últimos dias. A possibilidade de o Bahia jogar ou não no Barradão.

Ao longo de minha vida aprendi que a mágoa ou raiva só faz mal a quem tem. Por isso procuro evitar estes sentimentos e tenho obtido êxito na grande maioria das vezes.

Após o evento lamentável no último jogo do Bahia na série C realizado na Fonte Nova, nosso rival ficou sem um local, que cumpra as normas esportivas vigentes, para jogar. Este fato (de ficar sem local para jogar) não é único do nosso rival. Recentemente, o Clube Náutico Capibaribe, teve o estádio interditado, Deus sabe porque, e está jogando em outro estádio da cidade de propriedade do Sport Clube do Recife, co-irmão de longas datas do esporte pernambucano. Pois bem…

O São Paulo Futebol Clube, sacrificou de dez a quinze anos de títulos no futebol e investimentos, para concluir o estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbí. Este local passou a ser orgulho de todo paulistano. O maior estádio de futebol privado do mundo.

O Clube de Regatas Vasco da Gama, construiu seu estádio, na década de 30. Campeonatos Sul-americanos foram disputados nesta praça esportiva, orgulho de todo carioca. São Januário é usado até hoje pelo Vasco, é claro, e também por outro time carioca que por ventura tenha necessidade de utiliza-lo.

Faço estas observações preliminares para observar que a postura do nosso rival sempre foi de desprezo, achincalhamento, pelo estádio Manoel Barradas, ao contrário do que sempre aconteceu nos outros estados. Lembram de alguém que desprezou a Arena da Baixada, estádio do Clube Atlético paranaense? NINGUÉM. O mesmo acontece em Porto Alegre, com duas praças esportivas de qualidade.

Lembram da satisfação da torcida quando quiseram destruir o Barradão no campeonato de 1998? Imaginem o que poderão fazer atualmente com SETE ANOS sem tíitulo bahiano.

No início deste ano, quando o Bahia constatou que estava sem teto, foi oferecido ao Sr. Presidente do Bahia, o estádio Manoel Barradas para sediar seus jogos. “Não preciso, tenho torcida suficiente para encher qualquer estádio da Bahia”.

Lembram o que fizeram com o “estádio deles” na série C?. Destruíram tudo que podia ser destruído. O porteiro do meu prédio chegou em casa, segundo ele, orgulhoso, com um “casaco” de grama sobre o corpo.

Quando o Barradão tornou-se realidade, o nosso rival sempre disse que aquela praça esportiva sempre foi lixão, barralixo, pois o “estádio deles era a Fonte Nova”.

Repito o que escrevi no começo desta missiva. “A raiva e mágoa só faz mal a quem tem”. Neste caso não se trata de “raiva ou mágoa”, e sim de amor próprio e, por que não, ORGULHO da nossa prática esportiva.

Quem está lendo o que escrevo, notou que não considero o Bahia como co-irmão. Me digam quando o Bahia já ajudou o Vitória em alguma época. Por que vamos ajudar agora?

Faço questão de não dar ênfase ao literato Osório Vilas Boas, quando escreveu o livro contando aquilo que hoje sabemos. A Academia Brasileira de Letras, na época não percebeu, que ele poderia ocupar alguma vaga, e dar uma maior importância àquela instituição.

Independentemente do que estão conversando nos bastidores, no momento, me sentirei indignado, se a decisão de ceder o campo ao rival, não passar por aprovação do Conselho Deliberativo. Se o Conselho não participar, me sentirei um torcedor de um clube, medroso e subserviente.

Sou torcedor ativo há 50 anos, (tenho 59) e vi, participei, sofri todas as humilhações que um garoto podia suportar. Exemplo, sentir vergonha e ser humilhado ao ir a escola na segunda feira após uma decisão.

Alex Portela, por favor, pense em seu pai, Maneca, por favor pense em seu pai. E a todos os outros com poder de decisão pensem nos torcedores que é o maior patrimônio do nosso clube.
Saudações rubro-negras a todos,

Alberto Neves Hiltner

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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