5×0: A melhora da morte.

Sou tricolor e estranho a satisfação de alguns com o desfecho do campeonato. Chegaram a dizer que estamos de parabéns!

Realmente ontem foi a melhor partida do Bahia, no entanto não posso esquecer que há 5 dias tomamos de 3 desse timeco do Itabuna, há uma semana apanhamos de 3 do Vitória; não posso esquecer que estivemos com o título nas mãos e reerguemos um defunto que se tornou campeão (entregamos duas vezes o campeonato ao Vitória), não posso esquecer que aconteceu neste ano a mesma coisa que vem acontecendo na década inteira e o pior, não posso esquecer que nada vai mudar, pois, se estamos de parabéns, devemos continuar nesse caminho. Ao invés de parabenizar, daria os pêsames ao moribundo tricolor.

Queria ter a certeza de alguns de que temos um bom time pra disputar a segunda divisão, mas hoje só tenho uma: o futebol baiano não é parâmetro pra nada e a única experiência “além Bahia” foi trágica. Lembram do Icasa? E, se para alguns, a última impressão é que fica, gostaria de lembrar que o campeão foi o Vitória.

A rodada de ontem, na minha opinião, só serviu pra desmascarar o Conquista, que assim como outros, em anos anteriores, se revelou no fraco campeonato local, espero que desta vez seja diferente, e na terceira divisão, ele não repita a história e se torne o novo “saco de pancadas” do futebol baiano.

Quanto ao regulamento, não há o que reclamar, afinal, em 2006, o Vitória também foi disparado o melhor time e o Colo Colo acabou levando a taça, portanto, vamos encarar a triste realidade e aceitar as gozações, pois se alguém merece ser parabenizado, infelizmente esse alguém é o Vitória.

O Bahia precisa de mudanças, eu não aguento mais essa diretoria incompetente e azarada. Acorda torcedor! Não há outra explicação para o nosso fracasso atual, a verdade é cristalina e está debaixo dos nossos olhos, desviar o foco é confundir a torcida.Por FábioRAÇA, INCOMPETÊNCIA E URUCUBACA Os jogadores do Bahia e o técnico Paulo Comelli, no jogo de ontem contra o Vitória da Conquista, contrariaram a própria torcida, que exigia que fizessem “corpo mole” e perdessem o jogo a fim de impedir o título do rival. Fizeram exatamente o contrário: apesar da limitação técnica, jogaram com raça e respeito às tradições do Esporte Clube Bahia partindo para cima do adversário a aplicaram 5×0 e, por muito pouco, não conquistaram o título tão esperado pela nação tricolor.

Mas no caminho deles tinha uma diretoria que, além de incompetente (a situação financeira, os resultados e a posição que o Bahia ocupa no cenário local e nacional não deixam dúvidas), é azarada. A urucubaca braba destes dirigentes (junte ao resultado de hoje a final da série B contra o Brasiliense em 2004 e o ocorrido na Fonte Nova na final da série C em novembro de 2007) conseguiu apagar a mítica estrela tricolor que, em outros tempos, revertia qualquer situação adversa, como ocorreu em diversas ocasiões, mais notadamente nos dois títulos nacionais, no histórico 5×0 no Santa Cruz e no gol de Raudinei em 1994. Mas agora perdemos um título para o rival por causa de apenas um gol, apesar de liderar por quase todo o campeonato.

A incompetência administrativa acumula uma dívida de mais de R$ 60 milhões em apenas 10 anos e fecha o clube para os sócios, perpetuando uma ditadura que tem transformando o outrora “campeão dos campeões” em time sem um título sequer há 6 anos. Quem já foi heptacampeão baiano, agora, amarga os mesmos sete (um número cabalístico) anos sem um campeonato baiano.

Hoje a torcida do Bahia, bicampeã brasileira, se limita a comemorar apenas o acesso à Série B. Aliás, diga-se de passagem, especialidade do Sr. Ruy Accioly que também ocupava o cargo de diretor de futebol em 1997, quando o Bahia caiu pela 1ª vez.

Não só a usura, mas a incompetência e a urucubaca dessa gente já viraram um aleijão.

RENÚNCIA JÁ!ABL

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