Vamos enfrentar, amanhã, um clube que tem como mascote um leão. Os leões estão em extinção, no entanto os leões nunca estiveram tão na moda como artigo de luxo em certos círculos sociais: é o leão da Barra, da Ilha, dos manezinhos da Ilha e o leão tricolor do Ceará. Coisa de momento, só modismo.
O leão do pichi tem na sua torcida as cores que parecem com as três cores da alegria do Bahia mas, é só. O tricolor de lá tem uma queda, na verdade, para ser caçado e não ser caçador.
O clube que mais tem identidade com a torcida da boa terra, natureza e índole, é a do Ceará Sporting Club. Clube formado por pessoas mais simples e do povo, que carregam a força do verdadeiro vencedor.
O Bahia tem técnico, tem um estádio lindíssimo, que é também do povo da Bahia. O Bahia tem uma natureza bem aventurada, como disse nosso Senhor: “bem aventurados os misericordiosos”. Traduzo: sentimento de compaixão pelos clubes sem títulos brasileiros.
Confio nos nossos atletas, eles tem nos passado a boa garra da velha mística tricolor. Mística que é uma razão superior: a razão da diferença entre entender e compreender, entre percepção e apercepção. Os não iniciados tem dificuldade em compreender o que só vêem em relação bidimensional, sem profundidade e os que só se vêem em duas cores. Cegos guiando outros cegos!
A natureza tricolor tem suas grandes verdades universais nas cores azul, vermelho e branco: liberté, igualité e fraternité, também da natureza do nosso Estado.
A mística tricolor nos envolve e nos devolve a alegria sem nos remeter a “liberdade de”, como uma liberdade sem conexão com uma atitude de dentro pra fora.
A liberdade tricolor é do tipo superior, pura mística transcendental: “a liberdade para”. Uma liberdade que nos conduz para o passado, presente e futuro de muitas conquistas que tornarão a felicidade de ser somente para viver e morrer Bahia, que é tudo!
PS.: a foto é a do filme de iniciativa privada que retratará brevemente nas melhores salas do país a paixão pelo Bahia
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