Acusado de ter estuprado uma jovem de 23 anos em uma boate de Barcelona no fim do ano passado, Daniel Alves seguirá preso até o julgamento. A defesa do jogador entrou com um pedido de liberdade provisória, mas o Tribunal de Barcelona recusou o recurso e decidiu que o jogador deve seguir preso preventivamente, enquanto o caso é investigado. No despacho, a juíza Carmen Guil Román justifica que o conhecimento de novas provas e o avanço da investigação “aumenta exponencialmente” o risco de fuga inicial”.
A defesa do jogador havia proposto que o Daniel Alves tivesse seu passaporte retido ou até mesmo que o atleta utilize uma pulseira de geolocalização para que a Justiça permitisse que ele deixasse a cadeia. Porém, a acusação teme por uma fuga da Espanha, inclusive para o Brasil, que não tem acordo de extradição com o país europeu. Na audiência, o advogado do jogador admitiu pela primeira vez que houve “penetração vaginal”, mas que o sexo foi “consensual”.
ENTENDA O CASO
O episódio ocorreu na madrugada do dia 30 para 31 de dezembro, na casa noturna Sutton, em Barcelona. A jovem afirma que Daniel Alves agarrou a sua mão e levou-a ao pênis, repetindo o gesto repetidas vezes apesar de a jovem resistir. Depois, o jogador pediu para ela segui-lo e a levou banheiro da área VIP. A vítima denunciou que foi trancada no local pelo atleta, que a obrigou a fazer sexo e quando ela resistiu, foi agredida.
Funcionários da casa noturna acionaram a polícia e uma ambulância. Ela foi transferida para o Hospital Clínic, onde foram feitos exames médicos. Segundo fontes consultadas pelo jornal, o laudo médico afirma que há algumas lesões compatíveis com a agressão. A mulher foi dois dias depois da suposta agressão denunciar os fatos à polícia. Ela entregou o laudo médico e também o vestido que usava na noite de 30 de dezembro.
A perícia encontrou provas que desmentem as versões do jogador e reforçam o depoimento da vítima. Depois de a jovem ser encaminhada a um hospital e examinada por um médico-legista, foram detectadas lesões compatíveis com luta e vestígios de líquido seminal. Além disso, a perícia encontrou impressões digitais de Daniel Alves, o que confirma os depoimentos da vítima e desmente os relatos do jogador.