Proibição da torcida do Flamengo é falência da segurança pública em São Paulo

Proibição da torcida do Flamengo é falência da segurança pública em São Paulo

A morte da cultura de arquibancada do futebol brasileiro.

Proibição da torcida do Flamengo é falência da segurança pública em São Paulo

O Ministério Público de São Paulo entendeu que o jogo entre Palmeiras e Flamengo que é praticamente um amistoso pela pouca influencia da tabela de pontuação, é uma partida de alto risco, uma vez que os torcedores dos clubes vivem um clima acentuado de rivalidade, potencializado pelas provocações dos cariocas após o título da Libertadores, por isto, recomendou que a partida seja realizada sem torcedores visitantes. Em São Paulo, os clássicos são disputados com torcida única desde 2016. Essa será a primeira vez neste período que a torcida visitante de clubes de fora do estado será proibida de entrar em uma partida realizada em solo paulista. O Flamengo não concordou, apelou, recorreu ao STJD, porém sem sucesso. No entanto, o clube carioca largou uma nota bem elaborada onde afirma que a proibição e a falência da segurança pública e  a morte da cultura de arquibancada do futebol brasileiro

Veja a nota

O Clube de Regatas do Flamengo vem a público lamentar a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de acatar a recomendação do Ministério Público de Estado de São Paulo (MP-SP). O órgão indicou à Federação Paulista de Futebol (FPF) que realizasse a partida entre Flamengo e Palmeiras, no Allianz Parque, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, com torcida única, proibindo venda de ingressos para a torcida rubro-negra.

O acate desta decisão representa uma desobediência das regras e princípios da competição, além de um benefício ao infrator – que jogará na presença única da torcida alviverde, podendo assim obter vantagem esportiva – e a criação de precedentes catastróficos para a organização do futebol brasileiro. A não permissão da convivência de rubro-negros e alviverdes decreta a falência da segurança pública e a morte da cultura de arquibancada do futebol brasileiro.

O Clube de Regatas do Flamengo traz à tona os seguintes argumentos:

– O artigo 86 do Regimento Geral das Competições de 2019 prevê ao clube visitante direito de adquirir a quantidade máxima de 10% da capacidade permitida ao estádio. A não permissão deste direito seria uma grave violação dos direitos dos torcedores e clubes, indo contra a natureza do espetáculo e da competição;

– Não foi respeitado o princípio da reciprocidade: no primeiro turno, o Flamengo garantiu à Sociedade Esportiva Palmeiras a carga de 10% dos ingressos para o jogo no estádio do Maracanã, tendo a Polícia Militar garantido completamente a segurança e integridade física de todas as pessoas envolvidas no evento;

– O MP-SP ou qualquer outro Ministério Público não tem legitimidade para fazer recomendações a entidades privadas. O mesmo deveria ter pleiteado tal cenário junto ao Poder Judiciário.

Considerando os fatos supracitados, o Clube irá encaminhar o pedido do MP para a Procuradoria do STJD, para que o órgão adote as medidas cabíveis. Se a Polícia Militar não se sente em condições de dar segurança a todos os envolvidos na partida, esta deveria ser realizada em outro local ou com portões fechados.

O Clube de Regatas do Flamengo reitera seu total repúdio à violência e rechaça qualquer tipo de manifestação contrária à cultura do futebol.

Conselho Diretor

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Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com



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