Ceni detalha momentos de tensão no banco do Bahia: ‘Cinco minutos mais longos’

No final do jogo, Ceni se ajoelhou no gramado e começou a orar.

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Contratado após a saída de Renato Paiva, o técnico Rogério Ceni conseguiu cumprir seu objetivo, que era livrar o Esporte Clube Bahia do rebaixamento, é claro, com bastante sofrimento e até o último suspiro. Durante o jogo, o treinador sofreu bastante, não apenas com o jogo na Arena Fonte Nova, mas com os resultados que iam mudando nos jogos de Vasco e Santos. Após escapar da degola, Ceni afirmou que seria um peso grande cair para a Série B.

 

“Seria um peso muito grande ir para a Série B com o Bahia. Infelizmente foi com muito sofrimento, deveria ter sido antes, mas conseguimos. Parabéns aos jogadores pela entrega e por não desistir nunca”, disse o treinador. 

No final do jogo, Ceni se ajoelhou no gramado e começou a orar. Ele relatou como foram os minutos finais da partida. O Bahia vencia por 4 a 1, mas ainda dependia do tropeço do Santos, que estava empatando com o Fortaleza, porém, nos acréscimos, o Leão do Pici fez o segundo e sacramentou a queda do Peixe.

“Sim. Eu perguntei quanto que estava o jogo, e o Charles fez “2 a 1” para mim. Eu já sabia do Vasco, pensei que fosse o outro. Aí ele falou que era o Vasco. Fiquei pensando apenas no Santos. Até que me falaram do segundo gol do Fortaleza. Foram os momentos mais difíceis. Os cinco minutos mais longos do Campeonato”.

“Quando deu o quarto gol, eu já nem tava, eu não conseguia nem fazer o que acontecesse no campo, eu só tava rezando, pedindo, pelo amor de Deus, pra que ficasse o jogo empatar, tava 1 a 1, se eu não me engano, eu nem vi até agora, né? E aí, um me comemora, comemora, eu falei ‘acabou’, o Charles diz ‘não, não acabou’, e os outros comemorando aqui. ‘Acabou, acabou, não, não acabou’, e os outros comemorando. Depois que eles falaram, foi o segundo gol do Fortaleza. Foram os momentos mais difíceis, porque eu sei o quanto é você ficar naquele tal de 365 olhando, sabe? Então, assim, foi os cinco minutos, talvez, mais longos do campeonato, foram esses últimos cinco de acréscimo e cinco, seis dos acréscimos em diante”.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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