Em entrevista ao Podcast ‘Futbolaço’, o ainda presidente do Vasco, Jorge Salgado, deu uma declaração polêmica ao relembrar a negociação do clube com o City Football Group, antes do acerto com a 777 Partners, dona da SAF do Cruz-Maltino. O dirigente revelou que o conglomerado árabe achou o investimento no Vasco “caro” e decidiu negociar com o Esquadrão. Salgado lembrou que o Grupo City vai investir R$ 1 bilhão em 10 anos e polemizou chamando a SAF do Bahia de “galinha morta”.
“A melhor proposta (para o Vasco) foi da 777. Era melhor pela participação maior (30% ficam com a associação) e por uma injeção de capital maior. O City achou caro o Vasco, tanto que foi para o Bahia. O Bahia não tem o tamanho do Vasco. E fez uma negociação com o Bahia que é brincadeira, né. Vai pagar em dez anos, sei lá quanto. Uma galinha morta, vamos dizer assim, sem entrar em detalhes. Eles (City) não conseguiram com o Vasco, porque a 777 fez uma proposta muito superior”, afirmou o cartola.
O Bahia foi adquirido pelo Grupo City em dezembro do ano passado, após aprovação dos sócios-torcedores, porém, a assinatura oficial aconteceu apenas em maio após os trâmites burocráticos. O conglomerado árabe comprou 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube por um aporte de R$ 1 bilhão, sendo: R$ 500 milhões para a compra de jogadores; R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas; e R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros.
Já o Vasco foi vendido por R$ 700 milhões, mas em período mais curto (até 2026). Porém, recentemente, o clube se preocupou com o atraso no pagamento da segunda parcela do contrato. A 777 fez o depósito de mais de R$ 100 milhões, mas deixou a preocupação no ar sobre a sua real situação financeira da empresa de Josh Wander e seus sócios, isso porque o renomado jornal ‘New York Times’ noticiou que o grupo acumula débitos e pode estar realizando uma espécie de esquema de pirâmide.