EC Bahia: Da virada de chave à virada dos caras. - Por Erick Cerqueira

EC Bahia: Da virada de chave à virada dos caras. – Por Erick Cerqueira

Nada está perdido, mas a coisa agora se complicou pra cacete.

EC Bahia: Da virada de chave à virada dos caras. – Por Erick Cerqueira
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Fala, Nação Tricolor! Como diria o poeta Marinho: que merda, hein?

O Bahia perdeu o jogo que não podia perder. Não era só um jogo de 6 pontos. Era um jogo de 45 pontos. Era o jogo pra o time abrir 7 pontos da zona maldita e ir jogar duas foras, sem o peso de cair no Z4. Um jogo contra um adversário fraco, na zona, em crise, sem técnico e em casa, sob os aplausos da sua Torcida, que sempre faz sua parte. A estreia de Rogério Ceni diante da Nação e… deu xabu.

O jogo começou com o Santos caindo pra dentro do Bahia tal qual Popó pra cima de um youtuber idiota qualquer. Bola na trave, pancada pra defesa de Marcos Felipe. Quatro lances que serviram como um cartão de visitas dos caras pra dizer: a gente só tava jogando mal pra tirar o treinador, viu?

E o Bahia não entendeu. Curioso desse jogo, foi a quantidade de desejos atendidos, da parte Tricolor, e que por isso mesmo, deu tudo errado.

Depois da Blitzkrieg dos caras, o Bahia acordou. Equilibrou a partida, chegou mais vezes no ataque, mas esbarrava no útlimo passe. sempre errado. A fotografia daquele momento era muito ruim. Porque não passava a esperança de que o gol sairia a qualquer momento. Curiosamente, só assustamos os caras em dois chutes de Yago, de fora da área. Eis que a Torcida resolveu ajudar a prejudicar ainda mais, o futebol de Everaldo. As vaias durante a partida, são muito burras.

Fim de primeiro tempo e falei a meu filho: véi, tomara que Ceni tire logo Everaldo no intervalo. Ele já tá mal, ajuda o Bahia e evita até que ele tome uma vaia gigante dos 40 mil.

Não fez. Manteve o cara, mesmo mal. O primeiro erro de Ceni. Não mudou o time e nada mudou.

O time entrou muito mal e só foi chutar uma bola em gol aos 14 minutos. Mas por sorte foi uma pancada de Camilo, no ângulo. 1×0.

Bahia subia pra 13ª colocação, entrava na briga pela primeira página e largava Santos, Corinthians e São Paulo pra trás, e se afastava da zona maldita com 7 pontos. Tudo certo. Mas…

A Torcida vibra nas arquibancadas. Ceni tira Everaldo pra ser escorraçado debaixo das vaias já previstas. Biel e Juba, chegam também e as arquibancadas vão abaixo.

Só que pra azar de todos, os caras cobram uma falta e tabelam de cabeça na pequena área do Bahia. Empate.

O Bahia não reage. E lembrei de Rogério Ceni criticando a transição rápida do jogo contra o Coritiba, porque queria mais posse de bola.

O resultado era muito ruim. Mas ainda não era trágico. Ficou.

Num contra-ataque puxado pela esquerda, Camilo Cândido perde a bola de forma boba. Na volta, escanteio e gol dos caras, com outra troca de passes dentro da pequena área. Duas falhas da dupla de zaga. Um castigo gigantesco para… não, pera. Não foi castigo. O Bahia não jogou para vencer. E os caras entraram disputando o jogo como se fosse um prato de comida. Venceu quem teve a postura de vencedor. E fim.

Já no desespero, Biel perde um gol de cara com o goleiro. E foi só.

BORA BAÊA MINHA PORRA!

Nada está perdido, mas a coisa agora se complicou pra cacete. Vai sair pra dois jogos fora contra o provável Vice da Copa do Brasil, pressionado. E contra o Goiás, que jogará sua vida contra a gente. A chance de voltar pra Fonte Nova e pegar o Inter, já na zona, é gigante.

Às vezes a torcida precisa ter tudo que pede pra entender que ela está errada.

Rogério Ceni tirou Everaldo, colocou Juba e Biel, que entraram aplaudidíssimo, e perdeu o gol do jogo. No fim, a Torcida ficou com VERGONHA de vaiar o time e o técnico. Foi interessante, Quase uma auto-crítica silenciosa. Erramos!

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Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva e Publicitário. Twitter: @ericksc_



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