Cria das divisões de base do Esporte Clube Bahia, o zagueiro Rodrigo Becão foi promovido aos profissionais em 2015, mas não teve muitas chances, disputando apenas 21 jogos, de 2015 até 2018, sendo emprestado ao CSKA Moscou, da Rússia. Na primeira temporada na Europa, se destacou, atuando 36 partidas pelo time russo, sendo negociado pelo Tricolor com a Udinese, da Itália, por 1,4 milhão de euros (R$ 7 milhões na cotação da época). Ao todo, são 130 partidas pela equipe italiana, com 6 gols e 3 assistências.
Em entrevista ao Segue o BAba, do ge.globo, o zagueiro falou sobre o início de carreira no Bahia, sobre a desconfiança e cobrança para os jogadores que sobem da base para o profissional, que segundo ele, é muito maior do que para os atletas que vêm de fora.
“Saio do Bahia, onde não tinha tantas oportunidades, para ir para o CSKA e virar titular absoluto, jogar todas as partidas, inclusive Champions League. Por isso não lamento”, disse Becão.
“O Bahia me abriu as portas para o futebol, me deu oportunidade, me criou. Não tive tantas oportunidades. No Bahia, quem vem da base, é uma opinião minha, no meu tempo era assim, acho que hoje ainda é assim…Quem vai da base tem uma cobrança dobrada em relação a quem vem de fora. Os que vêm de fora são um pouco mais privilegiados. Falo em relação a clube e torcida”, disse.
“Não joguei tantas partidas [no Bahia], mas as que joguei Deus foi bom que elas fizeram com que eu alcançasse outras coisas na minha vida. Coincidiu que eu não estava tendo oportunidade. É do futebol, não lamento nada”, contou o zagueiro.
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