Jornalista classifica a SAF do Bahia como a mais promissora do futebol brasileiro

Rodrigo Capelo acredita que no futebol brasileiro existe boas referências de outros clubes

Foto: Reprodução

O torcedor do Esporte Clube Bahia tem contado os dias para oficialização da compra de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube por parte do Grupo City. No documento apresentado internamente, um dos grandes pontos é o investimento de R$ 1 bilhão, passando desde compra de jogadores à aquisição de infraestrutura. Na análise do jornalista Rodrigo Capelo, especializado em negócios do futebol, o impacto da proposta no clube pode ser observada com bons olhos e promissora:

 

“Muito bom ser realista. Não adianta pegar como referência o Manchester City. É uma outra realidade, com dinheiro desproporcional ao que está sendo prometido ao Bahia agora. A folha costuma ser o número mais importante, porque, quanto melhor o jogador, mais alto é o salário. O Bahia, com R$ 120 milhões por ano, é mais que o Bahia associação tem conseguido gastar com saúde. Mas vai ser bem menos que Flamengo e Palmeiras, ambos acima de R$ 300 milhões. Tenho visto nas redes sociais as pessoas dizendo que o Bahia é rico. Não é bem assim que funciona. O Bahia entraria em uma categoria diferente da que está hoje, mas não chega ao patamar de um Flamengo ou Palmeiras. Isso só se consegue com um processo”, contextualizou.

No quesito investimento, ele acredita que a do Tricolor Baiano tem a projeção de ser bem interessante e comparou com clubes com o Vasco, agremiação que adquiriu recentemente o posto de SAF em acordo com a empresa 777, Botafogo, de John Textor, e Cruzeiro, do ex-atacante Ronaldo Fenômeno.

“Em termos de investimento, o Vasco tem o mais alto, com R$ 700 milhões em três anos. O Botafogo, R$ 400 em cinco anos. E o Cruzeiro tem R$ 50 milhões aportados pelo Ronaldo. E quando se compara o Bahia com R$ 500 milhões para comprar jogador, fica no meio do caminho. É bom botar o pé no chão, não é o maior investimento de todos. A visão do Bahia é de médio e longo prazo. E tem uma questão importante da gestão do futebol. O Ronaldo tem. O John Textor e a 777 tem menos lastro. E o City, se tem alguém que sabe gerir futebol é o City. É pioneiro nesse jeito de fazer futebol. O City combina o melhor dos dois mundos: tem mais dinheiro que o Ronaldo para colocar no Bahia e tem uma capacidade de gestão acima de 777 e John Textor. Vejo a SAF do Bahia como a mais promissora de todas. Aí se será realidade, mordo a minha língua. Problemas acontecem”, finalizou. 

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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