O Esporte Clube Bahia deverá passar por uma completa reformulação após oficializar a venda da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) ao Grupo City. A proposta de R$ 1 bilhão por 90% das ações foi apresentada ao Conselho Deliberativo, que vai analisar e ficar responsável por encaminhar todos os detalhes aos sócios-torcedores, que, por sua vez, terão a possibilidade de votar para decidir pela venda ou não ao conglomerado árabe. Caso concretize a mudança para clube-empresa, muita coisa deve mudar, a começar pela comissão técnica e diretoria de futebol.
Em entrevista coletiva após a derrota por 3 a 1 para a Chapecoense na Arena Condá, o técnico Enderson Moreira falou sobre a chegada da SAF e a possibilidade de não permanecer, assim como aconteceu no Botafogo, que vendeu a SAF para o empresário John Textor, culminando com a saída do treinador juntamente com o diretor Eduardo Freeland (hoje também no Bahia). Enderson admitiu que já assinou com o Tricolor sabendo dessa questão, e afirmou não tem “rancor ou decepção”.
“Eu vim para cá sabendo disso. Uma coisa muito tranquila. A mesma coisa é o Botafogo. Não há rancor, decepção nenhuma. O clube tem um dono a partir daquele momento, e ele faz o que quer fazer. No Botafogo, o que aconteceu é que a forma como o dono fez foi uma forma deselegante. Não foi uma forma humanizada. Acho que, por tudo que aconteceu, eu poderia ter sido comunicado de uma forma diferente, não pela imprensa. É a única questão. Ele, como dono do clube, tem todo o direito de fazer o que acha que tem que ser feito. Da mesma forma, aqui. Vai ser um processo. Claro que o City tem uma estrutura e um know-how muito maior nesse tipo de aquisição. Eles sabem muito bem como fazer. A gente tem que desenvolver um trabalho, sem criar expectativas, tentando fazer, principalmente, com que o Bahia possa conquistar seu objetivo na temporada.”, disse o treinador.
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