Bloco de 25 clubes analisa modelo para oficializar união e negociar criação de liga única

Em passos de tartaruga, coletivo ainda decidirá se modelo jurídico será associação de clubes ou liga

Foto: Lucas Figueiredo

Compactuados por um propósito comum, os 25 clubes externos à Libra (Liga do Futebol Brasileiro) voltaram a se reunir na última quarta-feira (8). O encontro marcou a formalização de um bloco, que busca assinar um estatuto posteriormente. A informação foi publicada pelo site ge.globo. Em processo de finalização, o documento ainda depende da definição do modelo jurídico, que pode ser tanto associação de clubes quanto liga. Por outro lado, ainda não existe nome ou dirigentes.

 

A princípio, a troca de conversas com a Libra fica de segundo plano, para análise do estudo do futuro da criação de uma possível liga com as 40 agremiações das duas principais divisões do futebol nacional. Com projeção de seguir os passos dos modelos aprovados no futebol da Europa, o presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Coelho, relatou que a ideia é equilibrar os ganhos para todos os participantes.

“Seja uma liga, uma associação… Já que esses clubes estão em busca de uma união, que seja uma liga em que a distribuição da renda seja justa como é na Europa. La Liga, Premier League… A liga não pode servir para os ricos ficarem mais ricos e os pobres ficarem mais pobres. A liga só vai organizar campeonato se for dos 40 clubes. Se não, não tem como”, frisou o gestor do Galo.

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, que tem atuado como uma das lideranças do grupo, explicou a ideia da formalização do bloco:

“É uma tentativa de formação de uma liga do futebol brasileiro com a participação de todos. Para ficar bem claro, não é contrária à outra. O que a gente espera é ter nossa união formalizada para continuar defendendo nossas ideias. O objetivo no final é estar todo mundo junto. Tomara que isso possa ocorrer. Se não for formada uma liga com todos os clubes, no fim das contas você vai acabar tendo um ou dois grupos vendendo direitos comerciais. Mas isso é para o futuro. Temos contratos com mais dois anos de duração. Importante ficar claro que não há pressa ou correria.”

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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