Uma nova reunião para debater a possível criação de uma liga brasileira aconteceu na última terça-feira (15). Gestores de clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro encontraram com o presidente da LaLiga, Javier Tebas, e representantes das empresas XP Investimentos e Alvarez & Marsal. O objetivo do dirigente da Liga Espanhola de Futebol foi exibir às agremiações um projeto de organização e administração da nova liga.
Na ocasião, Tebas exemplificou o funcionamento da divisão das receitas com direitos de transmissão na Espanha e na Inglaterra. Além disso, ele apresentou uma sugestão para a futura liga brasileira. De modo geral, a renda seria distribuída em 50% igualitariamente, 25% conforme a performance e 25% mediante a exposição e audiência.
“Na La Liga, temos o objetivo de ajudar o desenvolvimento do futebol e sua indústria. Com a proposta que estamos fazendo em conjunto com a XP e a Alvarez & Marsal, queremos oferecer, no Brasil, todo o conhecimento que adquirimos ao longo dos anos para propor um modelo de negócio que seja financeira e administrativamente adequado para apostar no crescimento do futebol no Brasil. Hoje apresentamos aos clubes brasileiros uma proposta que inclui as melhores práticas da LaLiga e a forma como conseguimos ser uma das competições desportivas mais eficazes em termos de desenvolvimento de negócios e de estabilidade financeira”, afirmou Javier Tebas, em comunicado distribuído à imprensa.
O representante da LaLiga ainda analisa um método para uniformizar um modelo de distribuição de renda onde, o valor mínimo, seja distribuído de forma igualitária e idêntico ao atual. A parte financeira seria responsabilidade da XP.
“Dinheiro é sempre necessário. O ponto é: quando você fica só no dinheiro, ele não vem. Não vem um dinheiro robusto. Se você tivesse um dinheiro, compraria uma briga? Você tem que comprar o direito (de transmissão) de um por um? Acaba sendo fragmentado. O Tebas tem pilares que considera serem fundamentais: número 1, governança. Número 2, compliance. Para ter investidor robusto, precisa mostrar que usa bem o dinheiro. Número 3, controle. Não vamos deixar os clubes gastarem de qualquer maneira, porque deprecia o produto. Número 4: venda dos direitos em conjunto, porque estou vendendo um produto completo, um campeonato completo, é isso que gera valor a médio e longo prazo”, analisou Fred Luz, da Alvarez & Marsal.
Um dos participantes do futebol nordestino, o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz concordou com a proposta da LaLiga e salientou a necessidade dos times brasileiros se unirem para o andamento do projeto.
“Conteúdo muito bom. Gostei do que propuseram. Fica cada vez mais claro que qualquer liga só tem futuro com os clubes unidos. A divisão de recursos faz necessária a união dos clubes. O recurso dividido de forma igualitária vai causar o sucesso para o investidor”, comentou o presidente do Tricolor do Pici, em entrevista ao site O POVO.
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