Eleição para presidente da CBF terá apenas Ednaldo Rodrigues como candidato

Gustavo Feijó solicitou, na última quinta-feira (17), um pedido à Comissão Eleitoral da entidade para rebater a eleição presidencial agendada para a próxima quarta-feira (23)

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Na próxima quarta-feira acontece a eleição para presidente da Confederação Brasileira de Futebol. O prazo para inscrição encerrou nesta sexta-feira, às 11h30, e o único candidato inscrito foi o baiano Ednaldo Rodrigues, de 68 anos, mandatário interino da entidade desde agosto de 2021 após a suspensão de Rogério Caboclo. Se for eleito, Rodrigues vai presidir a CBF de 2022 a 2026.

 

A chapa de Ednaldo terá quatro vices que eram da gestão de Rogério Caboclo e quatro novidades. Permanecem nos cargos Fernando Sarney (MA), Francisco Noveletto (RS), Marcus Vicente (ES), que não têm ligações com as federações de seus Estados, e Antonio Aquino, presidente da Federação do Acre.

O alagoano Gustavo Feijó, um dos atuais vices da CBF, cogitou montar uma chapa para disputar com Rodrigues, mas não obteve o apoio necessário para viabilizar sua candidatura. Ele, inclusive, solicitou na última quinta-feira (17) à Comissão Eleitoral do órgão um pedido de suspensão do ato eleitoral. Porém, a eleição está mantida.

Conforme a alegação do dirigente alagoano, a alteração estatutária que decretou as regras do pleito sequer contou com a integração dos clubes do Brasileirão Feminino. Ele ainda reitera que Ednaldo não teria o direito de convocar a eleição. Feijó ainda encaminhou um pedido de liminar para um decreto mais breve e busca, no mérito, a impugnação da eleição presidencial.

Ainda segundo o site, no documento endereçado à Comissão Eleitoral, o vice-presidente da CBF considera uma “indevida discriminação, que é vedada pelo ordenamento jurídico pátrio e, sobretudo, pelo Estatuto da CBF” a atitude de realizar a reunião apenas com gestores de clubes da primeira divisão do futebol masculino.

O argumento de citação do futebol feminino levanta o artigo 22 da Lei Pelé, cujo trecho enfatiza que o colégio eleitoral das entidades de administração do desporto deve ser formado por “representantes das agremiações participantes da primeira e segunda divisões do campeonato de âmbito nacional”.

O próximo mandato da presidência da CBF será de quatro anos. Até o momento, Ednaldo tem concluído a chapa que irá inscrever, onde vai definir quem serão os oito vices do time.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: [email protected]

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