Bellintani diz que está refletindo sobre clube-empresa, mas acredita que não é o momento

"Estamos absolutamente antenados e refletindo sobre isso", disse o presidente.

Com a compra do Cruzeiro pelo ex-jogador Ronaldo, vários clubes podem seguir o mesmo caminho e aderir a modelos de clube-empresa no Brasil. Athletico-PR e Red Bull Bragantino já adotaram o modelo. O Botafogo anunciou nesta sexta-feira que chegou a um acordo com o fundo Eagle Holding, do empresário americano John Textor, para a criação de uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Além disso, Coritiba e Chapecoense também aprovaram a mudança por meio de votação. Nos últimos dias, surgiu a notícia de que o Esporte Clube Bahia estaria negociando com a XP Investimentos, que também fez parte da aquisição da Raposa junto com Ronaldo.

 

O presidente Guilherme Bellintani admitiu que já se reuniu com representantes da XP Investimentos para ouvir sobre o tema e entender o processo, porém, afirma que não tem nada acertado.

“A gente fez duas reuniões, muito mais de ouvir do que falar. Ouvi como foi o processo do Cruzeiro… eu sei hoje como foi todo o processo do Cruzeiro, do Botafogo, do Atlhetico-PR, do América-MG, justamente porque a gente fez reuniões para ouvir. Esse é um processo longo e tem que ser cuidadoso. É o que eu digo sempre: podemos escolher associação com investidores? Sim. Podemos escolher não buscar? Sim. Mas não podemos escolher não conhecer. Porque até para ter a negativa, ela vai ser mais substanciada se nós conhecermos qual o propósito e o movimento a ser feito. Não tem absolutamente nenhum encaminhamento. Eu não seria irresponsável de fazer qualquer encaminhamento sem entender o passo a passo disso tudo, dividir com os poderes constituídos do clube, e vocês estão convidados.”

“Não temos nada assinado com a XP, apenas um convite para duas reuniões que participamos, nada conclusivo, nada assinado, nada contratado, absolutamente nada. Estamos apenas fazendo nosso papel como presidente, com vice-presidente, como clube de ouvir.”

Bellintani acredita que ainda não é o momento de vender o Bahia, mas vem refletindo sobre o assunto.

“Estamos absolutamente antenados e refletindo sobre isso, apesar de a gente achar que não é o momento de colocar esse tema em discussão, porque a gente acha que tem que amadurecer e cuidar disso como o máximo de cautela possível, mas também compreendendo as circunstâncias que vão acontecer no futebol brasileiro imediatamente. Esse movimento do Cruzeiro, o movimento do América-MG, movimento do Athletico-PR, movimento do Bragantino que já está consolidado. Diversos clubes pequenos e médios do futebol brasileiro estão passando a integrar a organização de uma S.A e nós não podemos ficar de fora dessa discussão, mas não temos nada maduro o suficiente para compartilhar.”

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

Deixe seu comentário