A pandemia do coronavírus não somente suspendeu as competições no futebol brasileiro, como congelou algumas negociações, uma delas do volante Gregore que está na mira do Palmeiras, no entanto, as conversas foram paralisadas. Em janeiro, o Esquadrão recusou uma oferta de cerca de R$ 22 milhões do Seattle, dos Estados Unidos, e recentemente, negou duas investidas do clube paulista, a última delas envolvendo dinheiro e mais dois zagueiros. Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente Guilherme Bellintani, sem revelar valores ou interessados, admitiu que recusou proposta pelo jogador de 26 anos por entender que ele é fundamental e importante na estrutura do time nesse momento e frisou que as vezes é preciso abrir mão de algum recurso para estruturar melhor o time e a competitividade ao longo do ano.
“Por enquanto a gente não fala nisso [na venda de Gregore], porque o mercado está parado, o mundo não fala em futebol. O telefone não toca para negociação de jogador. Naturalmente a gente sabe que precisamos atingir uma meta de 30 milhões de faturamento em venda de atletas nesse ano de 2020 e a gente não abre mão disso. O que está em jogo é a sustentação financeira do clube, que vem num processo de reconstrução desde 2013 que é muito difícil. Infelizmente a gente tem que vender alguns atletas para cobrir dívidas, para manter o clube em funcionamento, manter os compromissos em dia. Mas a gente mesmo negou uma proposta por Gregore, porque entendíamos que ele é fundamental e importante na estrutura do time nesse momento. As vezes também precisamos abrir mão de algum recurso para estruturar melhor o time e a competitividade ao longo do ano. Mas infelizmente a gente sabe que quando o futebol voltar vão ter mais propostas, não sei se por Gregore, especificamente, mas por qualquer jogador que tenha, a gente analisa e sendo uma boa proposta, posso garantir que a análise da gente é sempre levando o melhor possível para o clube. Isso eu não abro mão nunca e se eu entender que não é o melhor, a gente não faz. Mas quando chegar, a gente precisa fazer”, explicou em entrevista ao BN.
Gregore chegou ao Bahia como uma aposta após defender o Santos no Campeonato Brasileiro de Aspirantes em 2017, emprestado pelo São Carlos-SP até o final de 2018, no entanto, despontou rápido o que fez com que a diretoria tricolor adquirisse o seu passe em definitivo em maio do ano passado, desembolsando R$ 1 milhão por 50% dos direitos econômicos. Depois, o Bahia acabou comprando mais 40% dos direitos econômicos do camisa 26 (sem revelar valores) passando a ter 90% dos direitos. Seu contrato com o Esquadrão de Aço é válido até 2021.