A importância do DADE para o Bahia na tomada de decisões

Bahia reforçou o Departamento de Análise de Desempenho

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

Nessa parada das atividades esportivas em todo o mundo em decorrência do COVID-19, resolvi observar um setor de extrema importância dentro de qualquer clube profissional que conta com atletas de alto rendimento, o DADE. A complexidade da contratação de um atleta hoje requer dos clubes uma avaliação criteriosa dos aspectos psicológicos do jogador, disciplina, conduta, responsabilidade e autoconfiança. Não basta mais somente ter uma excelente técnica, preparo físico e habilidade no campo, é preciso ainda ter consciência e maturidade dentro e fora dele nas suas ações. Nesse sentido, o Bahia em decorrência dessa adaptação necessária, o também reforçou o Departamento de Análise de Desempenho com o objetivo de coletar mais informações sobre as ações dos jogadores nas atividades e auxiliar os técnicos Roger Machado e Dado Cavalcanti na tomada de decisões.

 

Nesse contexto e com auxílio de DADE, o Bahia, com baixo custo, concebeu um time de transição para disputar o Campeonato Baiano, se valendo de investimento baixo, em jogadores que se destacam em praças menores e em oportunidades de mercado, para hoje estar na liderança do Campeonato Baiano 2020 de modo inconteste. Na equipe principal, o maior exemplo da eficiência dessa ferramenta chama-se Gregore, em janeiro de 2018, após ser observado no time B do Santos e se destacado naquele campeonato, o Bahia se valendo do aproveitamento da oportunidade, hoje é dono de 90% do passe do atleta, comprado por 2 milhões de reais. Hoje o passe de Gregore gira em torno de 30 milhões de reais, sendo um atleta com poucas ausências nas partidas por contusão.

Voltando ao DADE e a equipe de transição, resta observar que quando se investe certo em jovens atletas, a venda de um pode ser a multiplicação do investimento cobrindo o mesmo, em linhas gerais, uma boa venda de um atleta da equipe de transição pode cobrir com folga a folha inteira e sobrar pra outros investimentos no clube. A outra possibilidade é a venda não tão cara de alguns atletas ou a possibilidade de mercados alternativos estrangeiros e nacionais receberem por empréstimo atletas vinculados ao tricolor com opção de compra futura, criando ativos para o clube, desonerando a folha salarial e tendo uma compensação financeira satisfatória. Além disso, cria-se a possibilidade de empréstimo de alguns atletas a clubes da serie B, que podem ser a “Barriga de aluguel” que tanto o Bahia foi em gestões anteriores.

O E.C BAHIA ainda precisa se firmar novamente no cenário nacional e internacional e isso passa por boas campanhas nos campeonatos que disputa e pela conquista de títulos de expressão. A manutenção do time de transição e a conquista de título do Campeonato Brasileiro de Aspirantes tem que ser objetivos também, pois os olhos do mundo estão conectados olham esse atletas, assim o sério trabalho realizado com esses jovens atletas certamente renderá frutos.

Essa parada é perfeita para quem atua no DADE, afinal, há contratos encerrando nos estaduais, pois os times de menor investimento do Campeonato Paulista, carioca, mineiro, gaúcho, na sua grande maioria encerram em abril, abrindo a possibilidade de contratações certeiras tanto para o time de transição quanto para a equipe principal, basta observar com calma e minuciosamente dar seguimento ao projeto vencedor que se consolida ano após ano por aqui.

O planejamento leva aos títulos e embora eu tenha expressado possibilidades de boas negociações, enquanto torcedor eu quero comemorar títulos sempre, mas a ideia aqui é ilustrar a complexidade que existe na gestão de um clube e mostrar como é difícil e necessário ter cada vez mais alinhamento com as novas tecnologias em beneficio do esquadrão.

Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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