Adversário do Bahia nesta quarta-feira dentro do conjunto dos jogos que acontecem pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, o Ceará é um dos que lutam pela sobrevivência da divisão. Inicialmente visto com REBAIXADO natural pela menor estrutura, além de fazer sua reestreia na Série A depois de 12 anos com um time modesto e sem contratações de jogadores de peso ou apelo.
Começou a competição mal ainda com o técnico Marcelo Chamusca, optou na sequência pelo técnico Jorginho que havia deixado o Bahia, este durou pouco. Pediu o boné e se picou para o Rio de Janeiro alegando problemas pessoais e dias após assinou contrato com o Vasco, abrindo a possibilidade do Ceará se reencontrar com o técnico Lisca e começar uma campanha de recuperação e resistência.
Hoje o time cearense tem plenas condições de contrariar as previsões iniciais e permanecer na divisão, algo que seria importante quando a questão é observada pelo ponto de vista da região NORDESTE sempre vista com o quintal do Brasil.
É um dos nossos e por isto conta com uma simpatia adicional como contará Fortaleza e provavelmente o CSA, este último com acesso encaminhado ainda que saibamos de cara, que os alagoanos irão sofrer aos montes na primeira divisão, mas isto é outra história.
Uma vitória sobre o Bahia leva o Ceará aos 41 pontos e pode até superar o Bahia caso vença por um improvável placar de dois ou mais gols de diferença, neste cenário imaginário, digo até descabido e ainda terá a chance de alcançar novo degrau caso o Corinthians seja derrotado pelo Cruzeiro no Estádio do Mineirão. Porém, se for derrotado, o time de Lisca poderá voltar para a zona de rebaixamento e aí vai depender do que vai acontecer no jogo envolvendo dois outros nordestinos. Sport-PE e Vitória que se enfrentam na Ilha do Retiro.
O Vovô subiu no ano passado junto com o Internacional, América-MG, que foi campeão treinado na ocasião pelo técnico Enderson Moreira, hoje no Bahia, e o Paraná Clube. Os cearenses somaram 67 pontos e subiram na terceira posição.
Hoje, o Internacional é o vice-líder do Campeonato Brasileiro, mostrando que time grande dorme, porém não acorda na segunda divisão. O Paraná Clube já foi embora, o América-MG que sofrendo um profundo declínio do segundo turno está praticamente rebaixado mesmo com a contratação de Givanildo de Oliveira com sua larga experiência em acesso, porém, em outras condições.
Já o Ceará resiste e seguramente dará trabalho ao Bahia nesta quarta-feira notadamente pelo bom desempenho fora de casa ainda que os triunfos foram escassos, exatamente como acontece com o Bahia.
Nos 16 jogos que fez longe dos seus redutos, o Estádio Presidente Vargas, e alguns jogos e a maioria na Arena Castelão, foram apenas três vitórias, quatro empates e nove derrotas. Os 13 pontos conquistados equivalem a um aproveitamento de 27,1% do total disputado, com somente 11 gols marcados contra 18 sofridos.
Destaque para os triunfos contra o Cruzeiro visto na época como uma enorme surpresa e contra o Flamengo, dentro do Maracanã lotado. Além destes jogos, o Ceará recebeu diversos elogios ainda que derrotado pelo Grêmio por 3 x 2, São Paulo por 1 x 0 e especialmente na derrota por 2 x 1 contra o Palmeiras onde a arbitragem foi bastante contestada pelo técnico Lisca que viu seu clube ser prejudicado por André Luiz de Freitas Castro, árbitro de Goiás.
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