O Bahia obterá o acesso contra Bragantino: anotem aí

A expectativa para sexta é gigante, aqui em Brasília, a torcida tricolor não fala em outra coisa, estão sendo organizadas vans, caronas solidárias e outras formas coletivas e individuais de traslado, mas o certo é que a galera candanga vai invadir o Serra e mostrar toda a força da Nação tricolor, estarei lá. A única dúvida é sobre qual Esquadrão veremos em campo, o avassalador que detonou na Fonte todos os adversários nos jogos do segundo turno ou o improdutivo e inefetivo que se atrapalhou nas próprias pernas e deixou pontos fundamentais fora de casa? Ou seja, a bipolaridade tricolor assusta a massa.

Nesta hora de tanta ansiedade, temos mais é de nos inspirar no grande mestre da música internacional, o baiano Gilberto Gil, e andar com fé, pois a fé não costuma faiá; deixar a paz invadir nosso coração e nos encher de paz; folgar os nós e falar com Deus; e torcer para que o superhomem, nosso mascote, venha nos restituir a glória, mudando como um deus o curso da história do Bahia fora de casa na Série B. Ou seja, basta seguir os passos e conselhos do mestre, que o triunfo é garantido.

Por falar em mestre, esqueci no último sábado de comentar e elogiar a merecida homenagem que o Bahia fez ao Mestre Evaristo e aos campeões brasileiros de 1988, o passado glorioso do Esquadrão tem de ser lembrado e valorizado sempre.

Voltando ao tenso momento, nos últimos 10 jogos, o Bahia fez 18 pontos, minha previsão era de 23, mas nossos vacilos longe de SSA nos fizeram perder os 5 pontos, acertei 7 resultados dos 10. Nosso desempenho foi de exato 60%, se mantivermos nos próximos 5, faremos 9, pontuação insuficiente para garantir o acesso, por isto além de ganhar os dois jogos em casa, precisaremos nos esforçar e superar o trauma de péssimo visitante garantindo pelo menos 4 pontos fora, para chegarmos aos 63 pontos, média histórica para subir. Porém, não é bom arriscar, assim triunfos contra Vila e Luverdense são fundamentais. Subimos contra o Braga em casa, anotem aí e encomendem a cerveja para a festa.

A dúvida persiste se seremos capazes de obter tais resultados, porém é bom lembrar que até o último sábado, o Bahia não havia virado nenhum jogo no campeonato e virou com um show de Régis. Ademais, ganhar do Vila em Goiânia não é novidade, em 2010 goleamos por 4×0, Rodrigo Gal meteu 2, em 2007 vencemos por 3×2, Moré foi o “craque” com 2 gols. Bons presságios, 2007 e 2010 foram os anos dos últimos acessos do Esquadrão, se repetir sexta, o raio cairá três vezes no mesmo lugar e a história se repetirá.

Quanto ao time, insisto que o 4-3-3, ou 4-2-3-1 na linguagem de Professor Guto, não é a melhor opção. O ideal seria entrar com Régis desde início ao lado de Cajá, com isto confundiríamos a marcação do meio campo deles, e teríamos um jogador mais clássico de passes longos e com capacidade para cadenciar o jogo, ao lado de um mais veloz de dribles e passes rápidos, o que aumentaria o municiamento ao ataque, permitindo a HB jogar mais fixo dentro da área. Contudo, esta escalação traz consigo alguns problemas, os dois, por incrível que pareça, não aguentam 90 minutos no mesmo ritmo, com isto o time poderia cair muito de rendimento na segunda etapa; das vezes que jogaram juntos não encontraram o posicionamento ideal e pouco renderam; perderíamos um jogador de lado para acompanhar os laterais adversários, auxiliando a defesa; contudo, o principal problema é não termos nenhum jogador no banco capaz de fazer e diferença, mudar a cara do jogo entrando na segunda etapa. Por isto, mesmo a contragosto, manteria Régis no banco.

Eu entraria com uma escalação mais cautelosa, colocaria Renê Júnior mais plantado como primeiro volante, Luiz Antônio pelo lado direito e Juninho pelo esquerdo e encostando mais em Cajá. Com esta escalação, nossos laterais também teriam mais oportunidade para chegar na frente, pois a defesa estaria mais protegida. Edigar Junio jogaria prioritariamente pela direita ao lado de Eduardo e LA. Enquanto, Juninho e Cajá apoiariam Moisés pela esquerda.

De qualquer forma, o espírito guerreiro e a raça demonstrada no último jogo, inclusive pelos reservas, precisam entrar em campo. Da nossa parte, mesmo em menor número faremos o grito de Bora Bahêa ensurdecer e emudecer a torcida do Vila. E daremos aquele abraço nos jogadores tricolores.

Por fim, lembro que Gil cantou magistralmente, nos versos abaixo, a primazia que Deus deu à Bahia, mas esqueceu de dizer que Deus deu ao Bahia a primazia de ser o Primeiro Campeão Brasileiro e o primeiro time do NE a ganhar dois títulos brasileiros.

Que Deus entendeu de dar

A primazia

Pro bem, pro mal

Primeira mão na Bahia

Primeira missa

Primeiro índio abatido também

Que Deus deu

#JuntosVoltaremos

Miguel Leite – Torcedor do Bahia é parceiro do BLOG 

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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