Rio 2016: Olimpíada mais gay da história dos jogos

Sem comentários adicionais para não escrever bobagens, portanto, segue apenas o registro na integra dos festejos da imprensa do Sul do Brasil que comemora o feito das Olimpíadas do Rio 2016 está caminhando para ser a mais gay da história nos jogos olímpicos. Está acontecendo de tudo: voluntária pedindo jogadora de rúgbi em casamento, campeã olímpica assumindo abertamente uma relação com outra mulher, estrela do basquete revelando ser gay, gritinhos, faniquitos, e tudo que tem direito segundo a cartilha Grupo Gay da Bahia.

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“A coisa mais importante é que as jogadoras apoiam umas às outras e nos sentimos confortáveis para falar sobre qualquer coisa que quisermos”, afirmou a ala-armadora Elene Delle Donne, integrante da seleção norte-americana de basquete e eleita MVP (melhor jogadora) da WNBA em 2015 atuando pelo Chicago Sky.

Entre os assuntos que não são tabu no grupo está a homossexualidade de Elene, que contou estar noiva de Amanda Clifton, sua ex-colega de time na Universidade de Illinois.

“Espero que isso sirva de inspiração [para outras pessoas]. Sinto que nossa sociedade está indo para a direção certa. Isso não é uma história [para ser explorada pela mídia]. É normal”, afirmou Elene.

O Rio mostra uma tolerância às diferenças que não foi vista nos Jogos de Inverno de Sochi, em 2014. Na ocasião, a Rússia impôs uma lei anti-gay, que igualava o homossexualismo à pedofilia, o que causou protestos de alguns atletas.

No Rio, um jornalista norte-americano utilizou o Grindr, aplicativo de encontros, para expor atletas gays, incluindo de alguns países em que o homossexualismo é considerado crime. A reportagem sofreu fortes críticas, foi retirada do ar e mereceu a repulsa inclusive do COI (Comitê Olímpico Internacional). “Esse tipo de reportagem é simplesmente inaceitável”, afirmou a entidade.

Por trás do liberalismo dos costumes na Vila Olímpica, porém, se esconde um dos países com maiores índices de violência contra homossexuais. Uma pessoa LGBT é morta no Brasil a cada 27 horas. De acordo com dados do Grupo Gay da Bahia, 1.600 indivíduos foram assassinatos em ataques homofóbicos no país no último ciclo olímpico. Só no ano passado foram registrados 318 homicídios contra gays no país.

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