O Bahia mostrou mais uma vez que está muito próximo de sacramentar sua permanência na Série B para temporada 2017 e nesta terça passou mais um vexame na Arena Fonte Nova, dessa vez conseguiu a proeza de perder para outra equipe que figurava na parte de baixo da tabela – o Vila Nova, somou a 6ª derrota em 7 jogos e se complicou ainda mais na competição nacional, dando claros sinais que não tem e não terá capacidade para conseguir alcançar a grande meta de 2016, o acesso à Série A que parece cada vez mais distante. Vale lembrar que o EXquadrão (até então em 9º) deve perder algumas posições e pode acabar a rodada em 13º, além do mais, ver a diferença para o G-4, que é de 5 pontos, aumentar para 8 após o complemento da rodada.
O que vimos no primeiro tempo não chegou a ser uma grande novidade. Um time lento, previsível e desorientado. O Bahia até dominou o Vila Nova, teve a posse de bola, trocou passes, mas repetiu o repertório dos últimos jogos, totalmente improdutivo, sem criatividade, não teve competência para furar a retranca do time goiano que veio claramente para se defender e jogar nos contra-ataques e tão pouco exigir uma defesa do arqueiro Edson que não sujou o uniforme nos primeiros 45 minutos, foram 10 sujeitos se esforçando ao máximo para tentar praticar futebol, mas sem sucesso. Excluo apenas o goleiro Jean, destaque da primeira etapa na minha opinião com duas defesas providenciais. Esse sim mereceu aplausos pela atuação segura. De resto, só decepção. Reflexo da atuação pífia da equipe, um tímido 0 a 0 e muitas vaias da torcida tricolor para os jogadores.
O Bahia voltou com duas modificações para segunda etapa, uma por necessidade e a outra por opção do treinador. Éder substituiu Lucas Fonseca (lesionado e muito criticado) e Danilo Pires deu lugar ao improdutivo Thiago Ribeiro. Nada mudou e se o empate já era tratado como um péssimo resultado, imagine uma derrota. O time seguiu apático e sofrendo em campo, enquanto o Vila parecia estar jogando em casa, voltou tomando a iniciativa e foi presenteado aos 10 minutos pela defesa tricolor que deixou Fabinho livre para marcar. O tricolor lutou até os minutos finais sob vaias da torcida, brigou com a bola, mas a fé apenas não move montanhas quando não há merecimento, tem que aliar competência, atitude e vontade.
Nada disso foi visto em campo, apenas uma equipe fria, sem vibração, displicente, paciente, achando que a qualquer momento faria o gol tranquilamente, mas não é assim que a banda toca e nem os 7 minutos acrescidos pelo juiz na segunda etapa foram suficientes para o time comandado por Guto Ferreira garimpar ao menos um empate murcho. Por fim, mais uma derrota dentro de casa, a 6ª nos últimos 7 jogos. O jeito agora é aproveitar o descanso em Porto Seguro para pensar bastante na vida, tentar colocar a cabeça no lugar e recarregar as energias, já que o próximo sofrimento está marcado apenas para sexta-feira da próxima semana, dia 15, quando vai até o Maranhão enfrentar o vice-lanterna Sampaio Corrêa.