Por Pablo Cabadas Melo Júnior
Não é incomum ouvir comentários do tipo “ninguém usará isso”
após assistir, pela TV por exemplo, trechos de um desfile de moda. Por maior
que seja o evento, a pompa e os profissionais envolvidos, ainda assim o
telespectador, desprevenido, imagina instantaneamente a vergonha que seria
utilizar aqueles trajes em ambientes públicos.
após assistir, pela TV por exemplo, trechos de um desfile de moda. Por maior
que seja o evento, a pompa e os profissionais envolvidos, ainda assim o
telespectador, desprevenido, imagina instantaneamente a vergonha que seria
utilizar aqueles trajes em ambientes públicos.
Na verdade, é preciso compreender que o estilista não ambiciona,
exatamente, ver sua construção causar todos os tipos de alardes em vias
urbanas. O objetivo daquele trabalho é identificar tendências as quais
moda apresenta no cotidiano. É, ao mesmo tempo, causa e efeito. Não imagine que
encontrará a passarela na vitrine da loja mais próxima.
exatamente, ver sua construção causar todos os tipos de alardes em vias
urbanas. O objetivo daquele trabalho é identificar tendências as quais
moda apresenta no cotidiano. É, ao mesmo tempo, causa e efeito. Não imagine que
encontrará a passarela na vitrine da loja mais próxima.
De igual forma, não há como comparar Seleções Nacionais a
clubes. São contextos absolutamente diferentes. Preparação, contratação /
convocação, treinamentos, egos, estruturas, as Seleções sempre estarão em
patamar diferente ao dos clubes, de forma positiva em alguns casos, negativas
em outro.
clubes. São contextos absolutamente diferentes. Preparação, contratação /
convocação, treinamentos, egos, estruturas, as Seleções sempre estarão em
patamar diferente ao dos clubes, de forma positiva em alguns casos, negativas
em outro.
A Seleção Brasileira é um exemplo muito claro. Não esperamos
ver aquele grupo de atletas atuando pela Série A, muito menos Série B, do
Brasileirão nos próximos anos, salvo exceções. Mas a Seleção da CBF vem
representando uma tendência atual do futebol brasileiro: sistemas
defensivos questionáveis.
ver aquele grupo de atletas atuando pela Série A, muito menos Série B, do
Brasileirão nos próximos anos, salvo exceções. Mas a Seleção da CBF vem
representando uma tendência atual do futebol brasileiro: sistemas
defensivos questionáveis.
Vamos trazer o problema para nossa realidade, falando do
setor mais contestado hoje no Bahia. Sob o pretexto de estar inserido no
frescor do futebol moderno, o técnico Doriva opta por utilizar como zagueiro um
jogador que na base era volante. Segundo o treinador, o objetivo é dar melhor
saída de bola. Mas as perguntas que se fazem necessárias são: se o futebol
moderno exige adaptações, porque os zagueiros da base do Bahia já não “sobem”
com essas novas características? Por que improvisar um volante recém-promovido
tendo à disposição zagueiros também novatos? Não lhe parece estranho?
setor mais contestado hoje no Bahia. Sob o pretexto de estar inserido no
frescor do futebol moderno, o técnico Doriva opta por utilizar como zagueiro um
jogador que na base era volante. Segundo o treinador, o objetivo é dar melhor
saída de bola. Mas as perguntas que se fazem necessárias são: se o futebol
moderno exige adaptações, porque os zagueiros da base do Bahia já não “sobem”
com essas novas características? Por que improvisar um volante recém-promovido
tendo à disposição zagueiros também novatos? Não lhe parece estranho?
Sob o pretexto do futebol moderno, o futebol brasileiro corre
para se adaptar dentro de uma partida que já começou. Aliás, está próxima do
fim. Entre Gilberto Silva, volante pesado colocado na zaga do Atlético/MG há
alguns atrás, até Éder, volante sacrificado no “muderno” Bahia, o futebol
mundial revelou sua tendência a quem quis ver e, ainda assim, algumas
gerações de meninos subiram das categorias de base, ao menos no Brasil, sem
nenhum preparo para essas mudanças.
para se adaptar dentro de uma partida que já começou. Aliás, está próxima do
fim. Entre Gilberto Silva, volante pesado colocado na zaga do Atlético/MG há
alguns atrás, até Éder, volante sacrificado no “muderno” Bahia, o futebol
mundial revelou sua tendência a quem quis ver e, ainda assim, algumas
gerações de meninos subiram das categorias de base, ao menos no Brasil, sem
nenhum preparo para essas mudanças.
O futebol moderno se profissionalizou, estudou adversários,
identificou que todos precisam jogar, todos marcam, todos atacam. Já o futebol
“muderno” cá nosso vem formando indivíduos que ali estão porque alguém lhe
disse que futebol dá dinheiro. Para uns 5% de profissionais envolvidos é
verdade. Os demais vivem de campeonatos estaduais e migalhas mal estruturadas
dos tipos Séries C e D.
identificou que todos precisam jogar, todos marcam, todos atacam. Já o futebol
“muderno” cá nosso vem formando indivíduos que ali estão porque alguém lhe
disse que futebol dá dinheiro. Para uns 5% de profissionais envolvidos é
verdade. Os demais vivem de campeonatos estaduais e migalhas mal estruturadas
dos tipos Séries C e D.
E o resultado, efeito de uma causa cantada, é exatamente o
assistido hoje: um Brasil que não consegue, mesmo com a força da torcida,
manter um resultado bastante favorável diante do Uruguai (expoente de outrora
do futebol latino-americano) e nem consegue mais ganhar do ilustre Paraguai
(expoente desde nunca).
assistido hoje: um Brasil que não consegue, mesmo com a força da torcida,
manter um resultado bastante favorável diante do Uruguai (expoente de outrora
do futebol latino-americano) e nem consegue mais ganhar do ilustre Paraguai
(expoente desde nunca).
Fato é que o futebol brasileiro, para ser moderno, precisa
começar a mudar desde a sua base, referindo-me às categorias de base e às bases
estruturais. O problema é maior que a aparência. Nada feito, continuará apenas
o eterno e iludido futebol “muderno”, sem mudar coisa alguma. 7X1 foi é pouco.
começar a mudar desde a sua base, referindo-me às categorias de base e às bases
estruturais. O problema é maior que a aparência. Nada feito, continuará apenas
o eterno e iludido futebol “muderno”, sem mudar coisa alguma. 7X1 foi é pouco.
Por Pablo Cabadas Melo Júnior
Administrador / Funcionário Público
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