Sérgio Soares é daqueles treinadores
que não tem medo de desafios e apostas, e desde que chegou ao Bahia mostrou ser
ousado e confiante nas suas convicções. Mais uma vez ele surpreendeu, quando
todos esperavam a entrada de Pittoni ou Souza na vaga do Meia Eduardo para equilibrar
experiência com juventude, eis que um rosto ainda desconhecido pelos tricolores
apareceu como novidade no time titular. João Paulo, meia de 22 anos, contratado
junto ao Rio Branco. Mas toda aposta tem seus riscos.
Em campo, um time recheado de
meninos, mas mostrando muita vontade em um primeiro tempo bastante
movimentado, com chances para os dois lados, bola na trave e reclamação de
pênaltis, embora tenha faltado mais criatividade. O Bahia começou em cima do
Paysandu nos minutos iniciais, até parecia estar jogando em casa. Se o goleiro
Douglas Pires teve de impedir o gol dos paraenses após Adriano Apodi quase marcar
contra, Emerson não ficou atrás e teve que trabalhar para evitar o gol tricolor
em chute de João Paulo. Tiago Real ainda parou na trave em cobrança de falta,
mas a primeira etapa terminou sem gols.
O segundo tempo começou sem emoções, faltava criatividade e mais agressividade dos dois times, que erravam muitos passes. Porém, quando o jogo parecia caminhar para o 0 a 0, o sistema defensivo do Bahia cochilou, e viu Misael abrir o placar aos 24 minutos após deixar Patric no chão e mandar no canto de Douglas. Dois minutos depois, outro erro, dessa vez em bola área, Fahel sozinho aproveitou e mandou para o fundo das redes e ampliando o marcador. 2×0.
Com a expulsão de Gualberto aos 30 minutos após entrada dura em Jacó, o Bahia teve mais 15 minutos para fazer pelo menos o gol de honra e facilitar sua vida no jogo de volta. Mesmo com um a mais, Bahia tinha dificuldades em entrar na zaga do Papão, que se fechou após o segundo gol. E o que estava ruim, conseguiu ficar ainda pior. Em lance polêmico, o juizão marcou toque de mão inexistente de Jailton dentro da área. O lateral Yago Pikachu cobrou e converteu o pênalti deixando a situação do Tricolor ainda mais complicada na Copa do Brasil, agora tendo que operar um “milagre” na segunda partida, reverter o resultado e avançar de fase.