1 gol, 2 volantes, 3 pontos, 4 volantes – Bahia 1×0 Camp

É minha gente, o tempo passa, o tempo voa e a maldição dos 13234 volantes Tricolores continua numa boa…

Fui ao estádio empolgado. Ainda meio “ressabiado” pelo jogo do ECPP, mas confiante nas novidades da escalação. 

Queria ver a estreia de Tony e o “time pra frente” do Sérgio Soares. E lá fui eu “na paleta” do Matativisck até à Fonte.

Na chegada a estranheza de ver a Ladeira da Fonte vazia. Nem parecia que ia ter jogo. Uns gatos pingados tomando pinga no pé-da-ladeira, o arrocha insuportavelmente alto tocando numa kombi, o churrasquinho de gato tradicional e a cocacola de R$ 4 do isopor do lado de fora. Preço padrão FIFA, do sacaninha… 

Entrei.

O Bahia começou bem, marcando em cima, jogando com apenas 2 volantes, sendo um deles improvisado. Aliás, partidaça do Bruno e do Tiago Real, na marcação. Titi, seguro como sempre, e Chicão, tão bem posicionado que nem precisava correr, davam segurança ao time. Nas laterais, a ruína do Raul e a estreia sem traumas do Tony.

Na criação William Santana e Rômulo. William foi o nome do jogo. Se não fosse ele o placar não seria 1×0. Seria pelo menos 4. O miserável perdeu uns 3 gols de cara que pelamordedeus. Já Rômulo achei muito apagado. Apareceu muito pouco para o tamanho da expectativa que criei sobre seu futebol. Vou dar o desconto pela estreia na Fonte esse ano. Mas ficou muito aquém do que esperava a galera.

Na frente Kiesa e Maxi. O argentino, por incrível que pareça, ainda tem fãs na Torcida Tricolor. Uma de suas viúvas passou o jogo todo gritando em meu ouvido: “vai, Maxi. Esse ano é seu, meu velho”. Mas em campo é uma lástima. E não é falta de vontade. É qualidade técnica, mesmo. Ele briga pela bola mas também briga com a bola. Lamentável. Parece um coroa num bába de adolescentes. É irritante. Deu o passe pro gol, que foi muito, e mais nada.

E Kiesa… bem, Kiesa fez o gol e alguns bons passes. 

Apesar dos pesares…

E apesar de tudo isso, o Bahia dominou o jogo. Claro, o Campinense nem de longe é um bom teste para o ano do Tricolor. Mas o que importou foi o domínio. Omar quase não apareceu na partida. E, se não me engano, o pobrezinho não vai nem aparecer nos melhores momentos. 

Na arquibancada um grito chama atenção: vão dançar forró, sinhas miséra!

Como o baiano é um povo hospitaleiro e criativo, né? Lembraram de Campina Grande, a capital do forró, pra sacanear o pobre do Luquinha… Enfim, depois do gol, essa foi a única vez que sorri na arquibancada, nesse jogo.

No fim do jogo, o Sérgio Soares lembrou os outros técnicos que passaram pelo Fazendão. Tirou Maxi, que nem entrou na verdade e colocou Zé Roberto. Aplausos para a substituição. Aí depois tirou Rômulo pra colocar Feijão. PQP! Contra o Campinense em casa, Sérgio? 

Não contente com o terceiro volante em campo ele colocou mais um. Aí a paciência foi pras cucuias. Yuri, Bruno, Feijão e o improvisado Tiago Real pra marcar o Campinense? Já pensou se fosse o Cruzeiro? Quanto volantes ele colocaria? É dose…

Mas o Bahia ganhou e saiu de campo sob aplausos… misturado com vaias. Acreditem. Nem ganhando o Bahia saiu aclamado, nessa noite.

Bora Baêa Minha Porra! O dogma dos volantes Tricolores parece ser imposição do Fazendão e não de treinadores. Porque não é possível que todo mundo que chegue no Tricolor, com discurso de jogar pra cima, se acovarde tanto ao assumir o Bahia…

Feliz pelo Triunfo. Triste demais pela atitude covarde do nosso técnico.

Pedi aos diretores de mercado e marketing do Bahia para fazer uma campanha pelo fim dos 3 volantes no Bahia. Tomara que Jayme e Avancini me atendam…

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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