Apoio a permanência de Charles no comando do Bahia

Bahia 1×0 Grêmio, talvez um consolo pelo rebaixamento, talvez a busca por uma salvação épica. O Tricolor entrou em campo já sabendo dos resultados dos rivais diretos na briga contra o descenso. Com as derrotas de Vitória e Palmeiras, precisava apenas vencer, para se manter vivo no Campeonato.

O Bahia sufocou o Grêmio no primeiro tempo, obrigou o goleiro Marcelo Grohe a fazer de três a quatro defesas milagrosas. Na minha opinião, o melhor primeiro tempo do time na Série A, que poderia ter brocado uns 3 gols só na primeira etapa.

Vi um replay do jogo contra o Atlético-PR, só que dessa vez fomos objetivo e contamos com a sorte. Pedro Geromel aplicou uma rasteira em Henrique, que iria sair cara a cara com Grohe, e levou a chapa vermelha. Na cobrança de falta, Galhardo bateu com perfeição e abriu o placar. Bahia com o queijo e a faca na mão.

No segundo tempo, mesmo ganhando pelo placar mínimo e com superioridade numérica, o time recuou, e Grêmio veio pra cima. Charles tentou fortalecer o sistema defensivo, colocando Rafael Miranda na lateral-direita, no lugar de Roniery. Foram 45 minutos de sofrimento e a cada chance de gol do time gremista, era um teste pra cardíaco.

E mais uma vez o injustiçado Marcelo Lomba salvou o Bahia. O Paredão, que apareceu como o pior goleiro da competição no ranking do prêmio bola de prata da Revista Placar, calou a boca dos críticos, com três defesas milagres na segunda etapa.

Com o resultado, o Bahia permanece em busca de um milagre, e mesmo sendo difícil, pois depende de uma combinação de resultados, ainda tenho fé, enquanto houver esperança. O Esquadrão precisa vencer o Coritiba no Couto Pereira e torcer por uma derrota do Palmeiras (contra o Atlético-PR), e um empate do Vitória (contra o Santos).

É nesses momentos que percebemos o quanto amamos o Esporte Clube Bahia. Mesmo desconfiado e sem esperança, a Nação Tricolor não desiste nunca, apoia o time em qualquer circunstância. A vibração e o nervosismo de Charles Fabian, que pouco sentou-se no banco durante a partida, contagiou os jogadores, principalmente os meninos da base.

É por isso que, mesmo que se confirme o rebaixamento, apoio a permanência de Charles no comando do Bahia em 2015. Precisamos de pessoas dentro do clube tenham identificação com o Esquadrão, que tenha o sangue tricolor pulsando nas veias, que saibam respeitar e honrar esse manto, pois precisamos resgatar a mística, “Ninguém nos vence em vibração”.

Fellipe Costa

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