No duelo de Tricolores, em situações opostas na tabela, o Bahia surgia no belo estádio Mané Garrincha com a postura que todo Torcedor gosta. Pra frente. Num esquema que vem dando certo sem os malditos “3 volantes” o time encarava bem o Flu. Mas…
Numa jogada fortuita a bola é jogada na intermediária e Uéliton dá uma pixotada digna do “bába Santo” (jogado religiosamente às 5h da madrugada, aos sábados, nos Barris). A bola sobra na direita e, de novo, cruzaram sem marcação para, de novo, Lomba falhar na saída. Gol de Fred. Tomar gol de Fred é sacanagem…
Aí desanima. A Torcida murchou em Brasília, na terra das politicagens. Mas o Tricolor Baiano mostrou que “time de 3 cores” era o outro. Chupa, Nelson Rodrigues! O Bahia tomou a porradinha, mas foi pra cima dos caras. Com um time rápido e saindo bem pelas laterais, o Bahia chegava muito mais ao gol dos cariocas. Aliás, o Fluminense atacou 2 vezes e depois se fechou como time pequeno, aqueles da Zona de Rebaixamento, depois de abrir o placar.
Para furar a retrancar dos “três cores” o Tricolor abusava das jogadas pelas laterais. Railander e Pará infernizavam a zaga adversária, mas Kiesa começou uma sequência de gols perdidos absurda. A coisa já descambava para o fim da partida e Kleina parecia desesperado na beira do campo. Doido pra acabar o primeiro tempo pra dar um esporro na zaga, puxar a orelha do Kiesa e colocar o time pra frente pra buscar o empate e a virada, pois o jogo estava pra isso.
Intervalo e o injusto 1×0 no placar mostrava que os pouco mais de 9000 torcedores viriam um grande jogo na segunda etapa.
Na volta ao gramado, Kleina volta com Léo Gago. Com todo respeito a história do jogador: pra que porra, “véi”?
Léo Gago entra pra fazer as viradas malucas “à la Hélder” (que deus o conserve no Coxa). Acertava uma, errava 10. Fora os passes errados e as “bragas”. Em duas delas o Fluminense quase ampliava o marcador.
O Bahia passou a perder o meio de campo para o time pó-de-arroz das laranjeiras (que apelido mais fresco, né?). Não satisfeito em colocar os malditos 3 volantes, ele tira mais um meia pra colocar outro jogador que não vinha bem. O lento Marcus Aurélio. Minha pressão já atingia os píncaros de raiva, o coração disparava e quando anunciou-se mais uma substituição, veio Henrique no lugar de Barbio. Putz. Mesmo perdendo, o cara tira um meia e bota um volante, troca o meia rápido por um lento e pra piorar tira o menino maluquinho pra colocar o discreto Henrique. Quase morro de raiva.
Aí peguei meu filho pra carregar dizendo: se prepare pra tomar susto, papai vai gritar gol daqui a pouco… Falta para o Bahia e o grande “Marcus Aurélius” vai pra bola. Isso depois de Léo Gago ter cobrado umas três faltas na lua. A bola vem pra confusão e…
BORA BAÊA MINHA PORRA!!!!! GOOOOOOOOOOLLLLLL!!! CHUUUUUPA, VICES!!!! ADEUS Z4!!!! PEGA, “SINHA MISÉRA”!! RECEBA, NELSON RODRIGUES!!!! GOOO… Calma papai, não chora… passou, passou, não precisa chorar… pronto!!!
Com o garoto acalentado, depois do susto motivado pelos gritos, voltemos para a partida. Aliás, pra que mais jogo, né? Já tava quase em 40, podia acabar logo essa porra, todo mundo comemorando o pontinho… mas não. O juiz, não satisfeito com os 45, leva a briga pelo ponto valioso até os 50. Mas a noite era nossa. O empate, dessa vez, teve sabor de TRIUNFO.
BORA BAÊA MINHA PORRA!!! Ponto importantíssimo, afinal, jogaremos mais uma partida fora contra o Santos, e nem mesmo em caso de uma improvável derrota, a Zona das Quengas nos alcançarão. Melhor assim.
Marcus Aurélio, meu jovem. Vós queimastes a língua da Torcida Tricolor. Pense numa língua queimada, a dessa galera. E dessa vez, fui junto com a Torcida. Mas o que importa é o bem da Nação.
PS. Abraços pra galera da Pós em Gestão Esportiva, que comecei a fazer na Faculdade 2 de Julho. Pense numa galera boa. Hoje, tivemos uma aula com Jorge Avancini, diretor de Marketing do Internacional. Fui sorteado com um DVD do Colorado sobre o Bi Campeonato da Libertadores dos caras. Mas com todo respeito, lembrar do Inter é lembrar de OUTRO BI CAMPEONATO, BEM MAIS INTERESSANTE… #BBMP!