O jogo entre Brasil e Holanda, pela decisão do terceiro lugar na Copa do Mundo é, na verdade, um velório cheio de cores. Porém, como se trata também de um negócio, é claro que será vendido como um grande clássico mundial, precisando movimentar algumas multidões.
Para o Brasil, o jogo está sendo vendido como fosse uma espécie de desagravo, diante da surra que levou da Alemanha, e como no futebol uma derrota de 7 por ser suprimida por um triunfo qualquer, essa é a meta Brasileira, afinal, sabemos que vencendo o time Holandês por 2 x 0, por exemplo, é o mesmo que adicionar 20 litros de combustível da melhor qualidade, na conhecida arrogância Brasileira que, por sua vez, faz evaporar a melancolia, elimina a frustração e sepulta a vergonha, antes tida e vista como colossal.
Ao fim da partida contra a Argentina, na última quarta-feira, ainda sob o amargo efeito de ver seu time ter sido derrotado na semifinal nos pênaltis, o técnico da Holanda, Louis Van Gaal, não poupou críticas ao fato de seus jogadores terem que voltar a entrar em campo na Copa do Mundo para a disputa do terceiro lugar. Para o treinador, esse confronto simplesmente não deveria existir pois, na opinião dele, não havia sentido fazer duas equipes duelarem por um resultado que não tinha verdadeiramente importância.
Hoje, o técnico holandês, já de cabeça fria, admite que entrará em campo motivada por um simples objetivo: manter a invencibilidade no Mundial do Brasil e, assim, voltar para casa sem ter perdido nenhuma partida, o que, para os holandeses, seria algo histórico.