Vitória 0 X 3 América/RN: Leão ainda de férias.

E o Vitória se despediu do Barradão, pelo menos neste 1º semestre, com um sapeca do tamanho do sapato alto da nossa diretoria, que como a velha, NÃO ENTRA EM LEILÃO.

Mantivemos grande parte do grupo que fizera uma excelente campanha no Brasileiro do ano passado, mas perdemos TODO o miolo de zaga, que já não era o suprassumo. E o que o novo presidente faz? Contrata uma zaga de série B (ou C ou D ou sem série, sei lá). Dão é uma mãe e Lucas Zen, improvisado, não existe.

Pelo menos este jogo serviu para enxergarmos o óbvio: Pedro Oldoni e Alan Pinheiro não tem condições de vestir a camisa do Leão, Escudero não é o segundo homem do meio campo, Willie não pode ser banco e o Willian Henrique não pode ser titular do time. No máximo entrar com 30 do segundo tempo.

Precisamos de zagueiros e um centroavante com a máxima urgência.

Espero que tenha sido um tropeço de início de temporada. Só.

O Jogo:

O primeiro tempo começou morno. Ao melhor estilo Vitória de 2013, a equipe de Ney Franco tentou empurrar o adversário para o campo de defesa logo nos minutos iniciais. Aos poucos, porém, o América-RN foi equilibrando as ações, até que se tornou soberano na partida. Tanto que teve a primeira chance de marcar. Após escanteio cobrado por Rafinha, a defesa rubro-negra afastou mal e a bola ficou viva na pequena área, só que ninguém apareceu para empurrar para o fundo das redes.

A superioridade americana em campo fez transparecer a falta de entrosamento do sistema defensivo rubro-negro. O estreantes Dão e Lucas Zen, este último volante improvisado, não conseguiam acompanhar as investidas de Adriano Pardal e Rafinha. O lado direito da defesa do Vitória se mostrou uma verdadeira avenida. Foi por ali que Rafinha e Alfredo, o nome do jogo, fizeram uma festa particular. Primeiro, Rafinha tirou o volante Cáceres para dançar antes de acertar um belo chute no ângulo de Wilson. Em seguida, Alfredo precisou de duas tentativas para colocar a bola na rede com muita categoria.

E as coisas poderiam ter terminado ainda piores para o Vitória. Antes do fim do primeiro tempo, Raí recebeu livre, de novo pelo lado direito da defesa adversária, mas, na hora da conclusão, mandou pelo lado de fora da rede.

Para mudar o panorama da partida, o técnico Ney Franco resolveu mexer no ataque. Saiu Pedro Oldoni e entrou Alan Pinheiro. Mas a alteração não surtiu efeito, embora Marquinhos tenha assustado o goleiro Andrey logo aos oito minutos, após chute forte de fora da área. A resposta do América-RN não demorou a sair. Com total liberdade, Adriano Pardal arriscou chute de longe e obrigou Wilson a fazer grande defesa.

Só que o tiro de misericórdia veio mesmo aos 17. Em boa triangulação de ataque, Adriano Pardal encontrou Alfredo na entrada da área. O atacante atleticano não teve qualquer dificuldade para girar sobre a marcação do lateral Ayrton, invadir a área e tocar na saída de Wilson: 3 a 0. Após o gol, boa parte da torcida do Vitória começou a esvaziar o estádio. A pequena torcida americana, por sua vez, continuou a fazer a festa nas arquibancadas do Barradão.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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