BA-VI: Bahia de todas as esperanças

Neste domingo e passados dez anos, o primeiro time da Bahia e primeiro na preferência dos baianos enfrenta, na série A, o segundo time do Estado e terceiro na preferência popular – enfim, um quesito em que este não é o vice. 

Indiferente às profecias dos sábios (sic) do futebol e às turbulências administrativas, o Bahia tem feito bonito na série A de 2013 e devolveu o sorriso da cidade de São Salvador. Ele está longe de convencer seu torcedor, mas tem mostrado competência para vencer seus jogos, derrotando adversários com mais “poder de fogo” do que ele. 

O adversário de hoje não é “um” Botafogo nem muito menos “um” Internacional: é um recém-egresso da série B e um clube com histórico muito instável. Nos últimos dez anos, ele caiu três vezes e se manteve na elite por apenas três anos seguidos, metade dos 10 anos foi nos porões do futebol. Diante de tamanha instabilidade, não é de admirar que seu torcedor acorde de madrugada e indague: meu Deus, quando será a próxima queda? 

Portanto, o Bicampeão brasileiro enfrenta um adversário que está longe de provocar sérios receios, mesmo porque, assim como aquele, este tem um time que é apenas “mais ou menos”, ainda que ambos os times tenham evoluído em relação ao início do ano. Seria um jogo entre iguais, se não fosse a tradição do Esporte Clube Bahia. 

O Bahia enfrentou e derrotou equipes mais bem qualificadas do que ele próprio – mesmo em crise, o elenco do São Paulo é superior ao do Bahia – e, não obstante as afirmações em contrário, estes triunfos não foram milagres nem obra do acaso. Se, nesses jogos, o time do Bahia esteve longe – e muito longe – do brilhantismo, ele mostrou competência suficiente para derrotar os adversários, inclusive de virada. O Inter, o Botafogo e o São Paulo não perderam por causa deste ou daquele “detalhe”, por causa de um erro específico deles, eles perderam porque, no jogo como um todo, o Bahia foi mais competente do que eles, e num campeonato a competência é mais relevante do que o brilho. Que o digam o Corinthians e o Fluminense. 

O provável triunfo do Esporte Clube Bahia, hoje, não só o fará avançar positivamente na competição como mais uma vez ratificará outra fama sua que já corre o mundo: a de visitante indigesto. 

Pra cima deles, Esquadrão!

Dinensen

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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