Cabeça Fria

Demorei a me manifestar, após o vexame de domingo, porque queria escrever de cabeça fria. Não sou muito bom quando tenho que fazer algo no “calor das emoções”. Como disse nas poucas linhas, no domingo, após o jogo, coloco na conta do Caio Júnior aquela derrota. Porra, o time vem de uma vitória, na quarta, na casa do adversário, e no domingo ele saca Cáceres, para a entrada de Maxi, mantendo no time Rodrigo Mancha. Improvisa um zagueiro na lateral-esquerda. E o pior dos erros: mantém David Bráz no time.

Não sou o sr. da verdade e não venham me dizer que eu estava gostando do time. Elogiei as estréias estrangeiras, na quarta, mas deixei bem claro que a zaga era água. Tipo: aperta que ela peida. Desde o final do ano passado que toda bola na área é um Deus nos acuda. E agora temos um agravante. Menos um em campo (ou se preferirem, mais um adversário em campo), estou falando de David Bráz.

Tem um monte de torcedor puto da vida com o juiz, que realmente APARECEU no jogo. Vou deixar isto para a direção do time, que se quiser represente contra o cara. Ele ajudou, fato. Mas o Vitória perdeu seu jogo para a falta de humildade. Entrou dando dois a zero (sem merecer, pois o jogo lá em Fortaleza foi muito mais do Ceará) e achou que ia ganhar fácil. Algo parecido com a série B do ano passado, que entrou voando no primeiro turno e no segundo, a soberba apareceu, quase pondo por água à baixo uma classificação dada como certa.

Sei que Caio não acompanha o futebol nordestino, mas acho que alguém poderia dar um toque a ele: dá uma olhada em Reniê. Sem nenhum tipo de badalação, o cara é muito melhor que “braga”. Pelo menos joga sério. Depois de ajudar o Ceará a fazer dois gols, David Bráz tenta sair jogando na entrada da área, como se o jogo estivesse 5 X 0 para o Vitória ou como se ele fosse um Baresi ou Cannavaro. Caio tinha que sacar o cara naquela hora. E não tem essa de queimar jogador com a torcida. Ele tinha que torrar.

Quando o jogo começou, tive a impressão que ia rolar uma goleada. Foram 20 minutos de perder gols. E aí vem o apagão da zaga: 05 minutos, duas bolas lançadas na área e dois gols. Depois o Vitória voltou a apertar, mas nada.

Começa o segundo tempo, como começou o primeiro: só dava Vitória, até o crack resolver sair jogando na entrada da área. Depois outra bola alçada na área, Deola defende e não tinha nenhum zagueiro para dar cobertura. O Vitória ainda fez o de honra, com Maxi, deu um alento, mas o juiz resolveu aparecer e isto, como já frisei, fica por conta do diretoria.

Agora, Inês é morta. Nos resta agora “aproveitar” os trinta dias de inter-temporada forçada para rezar para Caio enxergar as deficiências do time e tentar corrigi-las. 

Ainda dá tempo. 

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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