Bahia responde a nota da Antoniu’s

Na última semana, o Presidente Marcelo Guimarães Filho concedeu entrevista ao portal Terra, esclarecendo alguns pontos citados na matéria do repórter Dassler Marques.

Diante dos esclarecimentos prestados, a Empresa Antoniu’s decidiu publicar uma nota oficial rebatendo alguns pontos, que serão esclarecidos abaixo:

Na entrevista ao Terra, o Presidente Marcelo Guimarães Filho afirmou que “a Antonius ganhou mais dinheiro em transferências”.

A afirmação é verdadeira e o que o Presidente quis dizer foi que a empresa citada, que tem mais de 30 jogadores no clube, ganhou mais em transferências e não em venda, baseando-se, por exemplo, na transferência de Zé Roberto do Internacional para o Bahia, valor que correspondia a dois salários do atleta. Além, evidentemente, do histórico de vendas e negociações de atletas do Esporte Clube Bahia feitas por tal empresa ao longo de seus anos de atuação, o que, a principio, é absolutamente normal e legítimo.

Ainda na nota a Antoniu´s afirma que “não ganharam absolutamente nada nas vendas de Filipe, Maranhão, Paulinho e Gabriel”. Vamos aos fatos:

Com relação ao atleta Filipe, como já dito inúmeras vezes, a Antoniu’s não detinha nenhum percentual econômico do atleta nem a sua procuração para negociar, portanto não auferiu nenhum ganho econômico.

O Esporte Clube Bahia detinha 50% do atleta e os outros 50% divididos entre o Cálcio (20%), Virtus (15%) e Almeida Dale (15%). Já no que se refere ao atleta Paulinho ocorreu o seguinte: o presidente atendeu um pedido de Antonio Terceiro( Terceirinho, sócio da Antoniu’s) e o recebeu, juntamente com o Vice Presidente Tiago Cintra, no escritório do clube na região do Iguatemi, acompanhado de um “investidor” espanhol interessado na compra do referido atleta. Devido ao histórico de indisciplina de Paulinho, em comum acordo com o departamento de divisões de base, e após um acordo financeiro, o Bahia vendeu os 50% dos direitos econômicos a que tinha direito. Os outros 50% pertenciam, ou pertencem( cabe a empresa se quiser ou não esclarecer ) a Antoniu’s. O que o Bahia sabe, dito por Antônio Terceiro, Terceirinho, ao departamento de futebol do clube é que esse percentual já havia sido vendido. Mas não cabe, e não interessa, ressalte-se, ao Bahia procurar saber o que uma empresa privada faz com seus ativos, no caso, nos 50% dos direitos econômicos de um atleta (Paulinho).

Supomos, apenas supomos que não deve ter havido “doação” desse ativo, diante inclusive de todo o trabalho de intermediação da negociação em questão. Da mesma maneira com relação a uma negociação esquecida pela empresa em sua nota oficial: Ananias! Atleta que o Bahia vendeu 50% de seus direitos econômicos a Portuguesa, como é sabido, e os outros 50% pertenciam, ou pertencem (repetimos que cabe a empresa esclarecer ou não, se quiser) a Antoniu’s. Agora vamos à negociação do atleta Maranhão. O Esporte Clube Bahia detinha 70% desse jogador e a empresa BahiaSoccer( com sede em Feira de Santana, porque existe outra empresa com o mesmo nome ) os outros 30%.

E realmente, o clube não fez nenhum pagamento a Antoniu’s por conta dessa venda. O que se torna oportuno neste momento esclarecer é que houve a participação efetiva de Antônio Gustavo, Guga, nessa operação. O presidente Marcelo Guimarães Filho foi inclusive convidado por Guga para um encontro, à noite, no restaurante Al Mare no Salvador Shopping, na presença de Reginaldo Campos, um dos donos da BahiaSoccer. Nesse encontro discutiu-se a venda e transferência do jogador, com a participação ativa e decisiva de Guga nas tratativas, decidindo inclusive qual a melhor maneira de o Bahia pagar a BahiaSoccer. Efetivamente não houve, repetimos nenhum pagamento, por parte do Bahia, a Antoniu’s por essa venda. Sua participação nesse negócio, até onde sabemos se restringiu a esse jantar/reunião. Finalmente, com relação a Gabriel repetimos o que já foi dito também inúmeras vezes.

O atleta foi trazido ao clube pelo presidente e por conseqüência o clube detinha 100% de seus direitos econômicos. Em sua renovação contratual, no bojo das inúmeras conversas entre o Bahia e seu procurador à época Gabriel ficou com 30% de seus direitos econômicos. Portanto, o Bahia detinha 70% e vendeu 50% agora ao Flamengo, ficando ainda, com 20%. Essa prática de ceder percentuais de direitos econômicos aos próprios atletas é comum em negociações de renovações de contrato, onde cada parte busca o melhor proveito econômico da negociação e acontece com freqüência nas tratativas de renovações, inclusive com atletas representados pela Antoniu’s.

Não houve nessa e em nenhuma outra, transferência de direitos econômicos “por mero pedido do procurador”, como diz a empresa. Quanto ao fato de a citada empresa ter representado o jogador Gabriel por determinado período e depois ter “perdido” a procuração, o Bahia não pode se pronunciar.

Cabe ao próprio atleta e a empresa explicar o motivo da quebra do vinculo. Essa é uma relação atleta x procurador em que o clube não tem como intervir. Essa é uma relação de confiança mutual e o Bahia tem como pratica não intervir. Como exemplo disso citamos o atleta Anderson Talisca. Ate pouquíssimo tempo, ele era representado pela Bahia Soccer (Feira de Santana) e decidiu trocar de procurador e ser representado pela empresa Chácara Celeste, diga-se Gessé, Sandro e Bobô. Quais os motivos? Perguntem ao atleta e ao procurador antigo ou aos novos!

Quanto à opinião da Antoniu’s com relação à política de comunicação do Bahia e seus sócios e torcedores, nós a respeitamos, assim como respeitamos sua política de comunicação com relação aos atletas negociados e os valores envolvidos assim como suas parcerias e sociedades. E nem nos interessa opinar ou sugerir o que quer que seja. Também não nos interessa polemizar ou atacar quem quer que seja.

Queremos apenas continuar abrindo o mercado para que o Bahia faça cada vez mais bons negócios e parcerias, com cada vez mais parceiros e se torne, definitivamente um “player” nacional no mercado do futebol brasileiro, mercado tão forte e disputado. Para isso acreditamos na diversificação de parceiros. O controle do mercado é sempre maléfico para clubes, empresários sérios e jogadores.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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