As colocações de Jorginho, técnico do tricolor, são muito boas e reforçam sentimentos que todos os nordestinos e baianos, mais precisamente, se esforçam para tornar claro em toda a ideologia etnocentrista dos técnicos antecessores ao rotularem o tricolor como time que devia alguma homenagem ao sul-sudeste.
Ao contrário, Jorginho fala em constante luta contra limites ilusórios, as mais da vezes, que fazem com que a coragem do ser-humano se imponha contra as limitações físicas e algumas vezes emocionais dentro de um padrão pré-estabelecido e cheio de preconceitos.
Muito boa experiência de vida que Jorginho com seu 1.60 passa para os jogadores sobre o homem nordestino que apesar de mal visto é o mais trabalhador, o mais esforçado e o que quer mais que qualquer outro buscar o mérito, não agraciado por bens herdados ou contingencias.
Essa identificação do Bahia, de sua torcida com seu treinador e o time tricolor é mais um ponto de afirmação e crescimento do treinador e seus comandados como identificados com valores de superação, orgulho e combate ao etnocentrismo sul-sudeste.
Mauricio Guimaraes