Jones Carioca: o craque da rodada

Fiquei muito orgulhoso com os últimos resultados do Bahia, na verdade mais confiante. Mas, antes de tudo, desconfiado e querendo entender esse momento de pura alegria da nossa sofrida torcida, o seu time, e os seus últimos resultados, principalmente o jogo de ontem.

O resultado do jogo de ontem teve nome: Jones. Mas, qual seria a causa do jogador viver seu melhor momento no Bahia com 2 gols num único jogo, participar indiretamente de outro e ao mesmo tempo ser um jogador tão questionado pela torcida?

O começo para encontrar uma resposta está na proteção de Falcão ao jogador  Jones. Foi a insistência de Falcão com  Jones que custou o cargo de treinador do Bahia, tornou até para muitos Falcão um personagem teimoso. Será que Falcão era teimoso ou a cultura de futebol na Bahia é de procurar respostas fáceis para problemas mais estruturais?

Falcão foi embora e entrou Caio Jr. com o seu lema de não improvisar na laterais, ao mesmo tempo que afastou Jones do time e do banco. Caio Jr. não resistiu por trair suas próprias convicções e praticar a arte do improviso nas laterais, caiu como o time todo em uma situação de contradições entre discurso e a prática.

Jorginho, novo técnico, colocou outra vez Jones para jogar já em Pituaçu, muitos questionaram, como eu também questionei, como poderiam voltar a dar uma chance a um jogador aparentemente desgastado com a torcida e com o próprio elenco, que para muitos estaria dividido. Jones não teria futebol para jogar?

Não é que Jorginho deu novamente uma chance para Jones e dessa vez ele mostrou seu valor impondo sobre o Vasco uma goleada história para dar inveja a qualquer time do Brasil!? A proteção de Falcão lá atrás ao jogador, a própria soberba de Caio Jr. em passar para todos que ele não podia fazer milagres, o que resultou em seu pedido de demissão, e a coragem de Jorginho em colocar Jones foram decisivos para a carreira desse jogador e para o Bahia.

Jones agora deverá ser olhado com mais cuidado pela torcida ao se manifestar contra o jogador diante da evidência que no Bahia o que faltava era espírito de grupo, confiança e a velha máxima da revolução francesa e da literatura de “todos por um e um por todos.” 

Afinal, esse espírito de união não é o que o tricolor está demostrando com a exibição dos vídeos de seus últimos jogos num clima em que Tite, nosso capitão, faz uma exortação aos jogadores com um tom vibrante e contagiante de que ali estão preparados para um único fim de chegar fortes e trazer resultados? 

Jorginho é o pai do novo Jones Carioca, mas esse novo Jones começou a ser criado com Falcão colocando-o para a torcida ver que o time é um conjunto, não suas partes. Inclusive Jorginho confiou aos laterais do elenco e no Jussandro, o que faltou a Falcão.

PS.: Os erros, contudo, do Bahia de planejamento durante o campeonato precisam ser corrigidos porque o Bahia não é time para disputar o campeonato A2 da série “A”.

PS2.: O Bahia tem uma torcida louca, mas não é burra para ver preterirem nossas categorias de base.

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