A polêmica sobre a divisão do Estádio Roberto Santos (Pituaçu) começou muito antes do início do Baianão 2010. O acordo é dividir o espaço físico e a renda em 50% para cada.
A proposta parece boa para as duas partes, já que no segundo BAVI ocorrerá o mesmo, mas o que garante que terá mais torcedor do Vitória ou do Bahia no estádio? O Vitória perdeu nessa jogada, demostrou que a diretoria não confia na sua torcida e ainda por cima não terá o valor da renda do BAVI por completo, já que dividirá com o Bahia.
O Bahia querendo ou não saiu lucrando. Verá a cor do dinehiro em janeiro quando só veria no final de fevereiro. Talvez esse fator tenha sido primordial para o acerto. A Tribuna da Bahia fala um pouco disso e do protesto por parte da torcida rubro-negra.
A decisão está tomada e ponto final. O acordo para a divisão das torcidas no primeiro Ba-Vi do ano, no domingo, no Estádio de Pituaçu, foi fechado na semana passada e não deve ser alterado para o clássico na terceira rodada do Estadual. Nem mesmo por causa dos protestos da torcida rubro-negra.
O primeiro Ba-Vi de 2010 terá o mando de campo do Vitória, mas será disputado em Pituaçu porque o Barradão ainda não está completamente pronto depois da reforma no gramado. Como o Bahia mandou seus jogos no ano passado no estádio do governo, surgiu a polêmica de como ficariam as torcidas, principalmente as organizadas.
De um lado, a Torcida Uniformizada Os Imbatíveis afirmava que iria cobrar do clube o direito de ocupar a maior parte do estádio. Do outro, a Torcida Organizada Bamor defendia a permanência em seu local de sempre e “lavava as mãos” quanto a possíveis confrontos.
O acordo entre as diretorias favoreceu o lado financeiro. Cada torcida terá 50% da capacidade do estádio. Tanto no jogo deste domingo quando no clássico de volta, no dia 28 de fevereiro. As cadeiras serão de exclusividade para os programas de fidelidade do clube mandante.
Como se acostumou a fazer nos últimos anos, a torcida do Vitória expôs sua insatisfação com o acordo com faixas durante a estreia do clube no Baiano, em Pituaçu, no último domingo. “Falcão, sua ganância não é maior do que nossa paixão”, dizia uma delas, em referência ao vice-presidente Carlos Falcão.
Mas, não será por causa desta insatisfação que o presidente Alexi Portela vai mudar de opinião. Ele afirmou que o acordo com o Bahia fará bem para o futebol estadual e, em sua decisão, pensou também no futuro. “Sem o acordo, no outro jogo nós teríamos também apenas 10% da capacidade”, lembrou.
O dirigente afirmou que durante a semana vai tentar conversar com o grupo de insatisfeitos na torcida. Portela lembrou que além do público, a renda também será dividida nos dois jogos. “Não teria porque não fazer o acordo”, completou.
Para a partida de domingo, o rubro-negro já estipulou o preço dos ingressos. A arquibancada, inteira, custará R$ 40, enquanto que a meia será vendida por R$ 20. Os postos de venda serão definidos ao longo da semana.