Um triunfo da raça e inteligência: Juventude 0 x 1 Bahia

torcida do BahiaDecrever os sentimentos e emoções desse jogo é uma tarefa hercúlea. Antevejo muitos tricolores se abraçando em minha cidade, Salvador, e muito calor humano. Mas calor e entrega não faltaram aos atletas do Bahia nesse jogo na fria cidade de Caxias do Sul. O time parecia bem mais disposto que em outros jogos. Foi muito feliz essa noitada para o tricolor! Embora tristes com a situação do clube, desconfiados e acabrunhados, a medida que o jogo foi se desenhando a favor do Bahia e o resultado do jogo do América favorecia o tricolor, o nosso contentamento aumentava e derivou numa vitória da raça e do amor.

O Bahia tinha respirados ares novos no CT do Grêmio, isso deu calma ao time em Porto Alegre. O rio Guaíba não podia ser melhor lugar para levantar o ânimo do time, perto às suas margens, no Beira Rio nos sagrávamos bi-campeões nacionais. A situação do jogo em Caxias era difernte, o Bahia lutava para não cair, mas toda a Bahia parecia ligada nesse jogo. Ninguém pode querer conscientemente o Bahia de volta a série “C” do campeonato nacional.

Essa força dos heróis do passado e a inspíração para ganhar esse jogo como verdadeiros guerreiros em campo não faltaram aos nossos jogadores hoje, principalmente nossos jogadores da base e nosso arqueiro, Marcelo. Nosso técnico anti-mídia, sem frases de efeito e olhar meio triste, para mim o mais humano treinador até agora do Bahia, não precisou de muitas caretas e gesticulações. Vibou no banco como um bom amigo!

Acredito que todos estavam inspirados nesse jogo, o Bahia que vimos jogar era mais aguerrido, lutador, e não via bola perdida, principalmente mais atento no jogo com uma marcação bem postada em campo. Os jogadores ainda tímidos no primeiro tempo não fizeram muita questão de atacar, com exceção de Ananias que só era parado com falta. No segundo-tempo também o comportamento do Bahia não mudara tanto até o gol num cruzamento milimétrico de Alex Maranhão para Jael encostar o pé na bola e ela obedecê-lo com a rede sendo estufada no gol do adversário. O Juventude encontrou também um Marcelo que parecia dois goleiros em campo: o Marcelo que viajava em todas as boas aéreas e o Marcelo que ia buscar bolas quase impossíveis, numa demonstração da grande forma do goleiro tricolor.

Pois é! Tinha muito rubro-negro aqui agorando nosso time e comemorando atencipadamente. Nosso Luís Roma sumiu, Adílson idem. Não ficaram nem os anônimos. Acho que eles ficaram com vergonha de levantar as bandeiras da rivalidade numa noite tricolor. Rivalidade que esquenta com o Bahia pelo menos permanecendo na Série “B”, coisa que precisa ser conquistada. O que precisamos entender é que os erros dos nossos dirigentes não podem ser esquecidos. NOssos dirigentes precisam de um “upgrade”, precisam renovar sua mentalidade de improviso e fazer um planejamento adequado ao clube que precisa de sua torcida como sócia votando para presidente, não mais mera espectadora e torcedora de arquibancada.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

Deixe seu comentário