O Bahia de Camaçari empatou com o Ameriquinha

Viva a fenomenologia! Sim, amigos da Globabahia! Estamos aqui para detectar o que foi e o que não foi, ou melhor: o que é o Bahia de hoje. O Bahia para um marxista seria uma negação profunda, como uma negação carrega uma afirmação também, a tendência era uma outra afirmação, uma síntese. Aí chega a rapariga véia, cheia da cerveja, para me inquirir com uma pergunta cretina: “você tá me chamando de Glória Maria?”. Eu replico: “tô num mundo de símbolos, minha deusa; um mundo quando fala mais as liturgias cotidianas repetidas e recriadas através da escrita e da fala”. Ela fica insatisfeita com a resposta, e diz: “Tá malucando, véio?”.

Tá difícil véio! Pensar em algo que não seja da Hora, no Bahia, e negócios. O Bahia de Camaçari vai para série “C”. Marcelinho é um bicho voltado para os negócios lá de Brasília, enquanto a turma aqui está numa mentalidade subterrânea, undergroud, “trash”, que se apossou do Bahia. O Bahia está um lixo! Um lixo celebrado como ter ainda em casa um disco de Luiz Caldas quando namorávamos no Iate Clube da Bahia com a nossa “Tieta”. Duvidam? Vejam isso: Bora Baêa Minha Porra!. E a instituição, a democracia, os oposicionistas ficaram em que lugar?

Muitos dizem que o Bahia de resultados que querem é do tempo de Maracajá e a instituição Bahia é coisa do passado. Desgraçados! O Bahia de Maracajá é esse aí de Marcelinho. É tudo continuísmo. As eleições, o conselho e tudo mais foi para o inferno. Querem ver a diferença entre o Vitória e o Bahia? Vejam os nomes que transitam entre o conselho do Bahia e o do Vitória! No Vitória temos insígnes representantes do bom nome da Bahia. Conselheiros que possuem reputação e elevada conceituação dentro da nossa sociedade e intelectualidade. Enquanto no Bahia temos os que se fazem através de política e negócios firmados pelo apego ao vil metal, com raras exceções.

O Bahia é romantismo, expressão do velho romantismo baiano de luta de classes. Meu pai, Bahia, fundou o Bahia para mim; meu avô era mais elegante, frequentava o Bahiano de Tênis e era Vitória. Meu avô e meu pai fundaram essa contradição na minha cabeça de luta de classes. Logo quando as classes perdem seu vigor e a integridade que tinham antes, também o Bahia perde sua substância e vira tudo afinidades do “lumpemproletariado”, como falava nosso Karl Marx.

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