Precisa-se de “jornalistas”, isso sim!

Pura coincidência ou coisa do sobrenatural não se sabe ainda, resposta mais consistente, carece de comprovação científica. Ainda esta semana comentava sobre a mudança no perfil do torcedor do Bahia, não que de fato isso tenha acontecido de uma ora para outra, nada disso, digo do torcedor que agora freqüenta o estádio de Pituaçú, o monumental do parque, como diz certo radialista e que eu também adotei tal expressão, como se fosse minha, gostei, pois que o lugar é muito bonito de fato e o pequenino estádio tem lá seu charme, sim. É majestoso sem precisar ser um gigante, sem contar que… Assim meio sem querer querendo, aquela rampa de acesso que fizeram, da paralela até as bilheterias com todo aquele espaço, sem carros estacionados, caiu como uma luva pra turma que gosta de comer água, deus quanta inveja não deve fazer, hein! Quanta diferença, até da Fonte, nem a Kombi do reggae fazia tanto sucesso, pena que a policia teima em botar viaturas ali e ao final das partidas elas atrapalham bastante.

Ainda essa semana comentava em casa, tão logo esteja liberado totalmente pelos zômi-de-jaleco-branco, vou começar a chegar duas horas antes das partidas começarem por lá, só pra tomar cerveja, comer espetinho de gato e jogar conversa fora, podes crer!

Hoje leio nos jornais sobre essa possível elitização da torcida do Bahia, por isso também, resolvi abordar o tema, acho que de fato isso aconteceu ou vem acontecendo, lamentavelmente. Já contei por aqui a história de seu Osmar, meu vizinho, fanático torcedor do Bahia, que morava em Cosme de Farias à época e que aprendeu a torcer pelo Bahia, de xaréu-em-xaréu, pois que não tinha grana pra assistir aos jogos na velha Fonte Nova. Pois é, se lá, à beira do dique, permitiu formação de personagens assim, em Pituaçú isso é praticamente impossível agora, pois que nem essa figura de xaréu existe mais, agora é pá e bufo, pagou entrou (nem sempre), pois que, insistem em não permitir a venda de ingresso no estádio, coisas dos tempos modernos, com administrações dos tipos como, os bobôs da vida, fazer o que, nossa Bahia parece rabo de égua, só cresce pra baixo, infelizmente.

Como quer a nota de hoje do Jornal A Tarde transparecer. Deduz essa elitização por conta dos altos preços dos ingressos. Será? Não seria mais, muito mais o empobrecimento de nossa população, pois que pelo Brasil afora, não se tem noticias de ingressos mais baratos do que os daqui. Bem verdade que ficamos anos a fio, sei lá, mais de dez anos, com preços congelados de cinco contos e alguns deles de vale show, aliás… Falando em vale show, isso sim precisa ser revisto pelo MP, pois que ainda no recente jogo do Galícia em Pituaçú, não se contava duzentas pessoas no estádio e só no Borderô foram contabilizados três mil ingressos, uma clara situação de corrupção, o estado ta pagando para fantasmas assistirem jogos, só pode. O Jornal bem que poderia se interessar mais por matérias assim. Diabos… Por isso que a profissão de jornalista acaba de ser recusada de reconhecimento, os profissionais não se respeitam também! Só sabem redigir textos nas direções das encomendas, fazer o quê? Depois reclamam.

Sem querer ser o dono da verdade e já tentando ser, fico com outras teorias sobre a queda de público, a primeira delas a questão física, nunca mais teremos média de 40 mil torcedores como foi em 2007, pois que o monumental cabe apena três quartos disso e a futura Arena, se sair, apenas muito raramente vai acomodar as 55 mil pessoas previstas, pois que, ainda sendo ali pertinho dos bairros mais acessível, o povo daquela região, não poderá pagar, esses sim, ingressos bem mais caros. Outras e outras teses merecem crédito também, sobre essa tal elitização suposta e a mais notável, pra mim agora, é do zagueiro e capitão do time do Bahia, Nen, que acredita que o desempenho do time influencia: “Tenho certeza de que, quando começarmos a vencer e convencer, Pituaçu vai virar um caldeirão”.

De qualquer forma, a pesquisa é salutar e cabe aos jornalistas fazerem elas, para escreverem bem e com responsabilidade, pelo menos o mínimo delas, se quiserem sobreviver escrevendo.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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