Profissionalismo e vitória

Na história, os clubes de futebol e os grupos humanos sempre foram movidos por líderes carismáticos que com um discurso ora libertário ora mais aglutinador refletiram o anseio de milhares de seres ávidos por serem guiados por líderes visionários. E o futebol da Bahia não poderia ser diferente; podíamos dividí-lo em antes de Paulo Carneiro e depois de Paulo Carneiro.

No começo da sua história, o Bahia, Baêa minha porra!, teria como marca predominante o futebol profissionalizado em contraste com os outros clubes, anteriores a era Paulo Carneiro, que não sabiam enfrentar crismáticos profissionais da bola como Paulo Maracajá e o gênio de Osório Villas Boas. O carisma do dirigente profissionalizado sempre foi a marca do futebol do Bahia.

É verdade, também, que com os olhos da globalização o Bahia nunca foi um clube profissionalizado, mas o melhor critério para aferir se um clube ou partido são profissionais é entender se seus dirigentes viviam da atividade futebol ou apenas eram abnegados torcedores. O Bahia logo que começou a encher estádios possibilitou que pessoas ao redor dele vivessem disso, tornassem a atividade empresarial do futebol uma mina de ouro. Tudo isso antes da lei Pelé que globalizou o futebol e criou uma nova classe de pessoas que apenas usam o clube para fins alheios aos seus fins institucionais.

Paulo Carneiro tirou o Vitória, que era o terceiro time de muito torcedor rubro-negro, para segundo lugar entre as preferências dos baianos. Indiscutivelmente, o Vitória se reinventou na década de 90 com Paulo Carneiro, enquanto o Bahia teve o ápice de seu declínio como clube de futebol nas gestões pouco animadoras de Marcelo Guimarães e Petrônio Barradas, que não conseguiram acompanhar a evolução do negócio futebol com o advento da lei Pelé. Agora, Marcelo Guimarães Filho, com a presença do diretor de futebol Paulo Carneiro, pretendem resgatar um pouco a história do Bahia de ser um clube de futebol profissional.

Uma conduta profissional primeiro leva em conta fatores como a qualidade de seus jogadores. Isso faltava ao Esporte Clube Bahia nas últimas temporadas. O Bahia, hoje, tem um elenco capaz de navegar por mares dantes nunca navegados. Patrício, Hélton, Alisson e Léo Medeiros e companhia podem desequilibrar um jogo a favor do Bahia. Um outo fator para a recente guinada do Bahia em direção ao mundo globalizado é o aceno político claro de seu presidente, Marcelo Guimarães Filho, no sentido de abrir o clube para os sócios votarem para Presidente do Bahia.

Maurício Guimarães

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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