Paulo Carneiro perdeu a 1ª como dirigente tricolor

Ninguém assumiu abertamente a proposta, mas o gestor do futebol profissional do Bahia, Paulo Roberto Carneiro, defendeu publicamente a ideia, e se deu mal. Os torcedores, principalmente os líderes das duas principais torcidas organizadas da dupla Ba-Vi, a Bamor e Os Imbatíveis, não aceitaram a possibilidade de se impedir a ida da torcida do Bahia nos clássicos no Barradão, e a do Vitória, nos clássicos no Estádio Roberto Santos, no Parque de Pituaçu.

A reação das duas torcidas foi imediata, através de manifestação nas emissoras de rádio de Salvador, principalmente na resenha da Rádio Sociedade, sob o comando do radialista Tony Silva, que jornalisticamente soube colocar no ar todas as partes envolvidas, presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, diretor do Bahia, Paulo Carneiro, os dirigentes da Bamor e Imbatíveis, além de uma pesquisa aberta com as duas torcidas.

Ednaldo Rodrigues ficou “em cima do muro”, alegando que não podia se pronunciar sobre um assunto que não cabia e nem tinha chegado à FBF. Mas Paulo Carneiro foi enfático e defendeu acirradamente a proposta de se disputar clássicos Ba-Vi, apenas com as torcidas do mandante, impedindo o acesso ao Barradão de torcedores tricolores, e no Roberto Santos, de rubro-negros, devidamente uniformizados com as cores do seu time.

“O objetivo é acabar com a violência, garantir a casa cheia sem agressões ou risco a quem quer que seja. Na Europa já é assim. É uma questão de cultura, de segurança, e espero que o Ministério Público abrace essa proposta que tem um cunho social, valorizar o papel social dos clubes e acabar com a posição dos conservadores”, disse Paulo Roberto Carneiro à Rádio Sociedade.

O gestor de futebol do Vitória, Jorge Sampaio, não deu entrevista, mas por telefone, garantiu que é contra essa proposta, referendado por Gabriel, presidente da Imbatíveis, que acrescentou: “Somos cidadãos do bem, protegidos pela Constituição Brasileira que nos garante o livre direito de ir e vir. Não aceitamos e vamos lutar contra esse tipo de discriminação”.

Um dos diretores da Bamor, Cristóvão, fez eco nos protestos, garantindo que eles também não concordam com essa proposta, que é um tipo de discriminação, e na sua visão, “isso vai terminar acirrando ainda mais os ânimos entre as duas torcidas, e passar para o Brasil e o mundo um clima de guerra que não existe no futebol da Bahia” Com informações da Tribuna
A mãe e a madrasta da violência

Repito, aqui, o que disse em outro comentário no BLOG. Não existe e nunca existiu violência entre as torcidas no Estado da Bahia. O que existe são brigas, rixas e acertos de contas entre vagabundos e delinquentes uniformizados com o escudo do Bahia e do Vitória. Os verdadeiros torcedores não pertencem a uma facção organizada de torcida. Os torcedores, em sua imensa maioria, são homens e mulheres ordeiros que pacificamente sentam, assistem aos jogos, vibram, lamentam ou comemoram e depois vão para suas casas, algumas vezes acompanhados com o torcedor do time adversário. Estes torcedores não poderiam ser penalizados, muito menos confundidos, com meia-duzia de baderneiros que se arrogam únicos representantes das torcidas do Bahia ou do Vitória.

Aquela cambada reunida, que carrega os nomes de BAMOR – TUI e outras porcarias organizadas, não pode ser comparada nem de LONGE com torcedores de Bahia e Vitória num universo de milhares de torcedores pacíficos. Eles são apenas um bando desorientado e sem rumo, sem comando ou controle. Irracionalmente prestam um desserviço ao futebol semeando a baderna, promovendo à desordem e praticando todo o tipo de violência de forma gratuita e fútil

Essa cambada de delinquentes deveria estar segregada não só dos campos de futebol, como também da sociedade através de uma armação de ferro e um cadeado reforçado. O que digo é COMPROVADO por de dezenas de boletins policiais. Eles não são representantes da torcida da Bahia, são delinquentes uniformizados, são as mães, as madrastas, o foco, o início, o meio e fim de tudo que é de ruim e perverso dentro ou fora de um campo de futebol.

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