Vitória corre risco de ficar sem meio time contra o Grêmio

Mal deu tempo de comemorar o triunfo suado contra o Atlético Paranaense e o Vitória corre o risco de perder meio time para o jogo contra o Grêmio, domingo. Além de Willans e Ramon, os atacantes Marquinhos e Dinei e o volante Vanderson correm risco de não entrar em campo.

Artilheiro do time com sete gols, Dinei voltou a sentir uma forte dor no dorso do pé direito ontem, após contato com a bola. “Ela bateu aqui embaixo (na sola), aí os dedos subiram e doeu no osso”, conta o atacante. Apesar da dor, o pé está desinchado e se ele consguir participar do coletivo normalmente hoje, vai para o jogo. Mas o seblante fechado e abatido de ontem, no lugar do sorriso habitual, é um mau presságio.

Marquinhos renovou o contrato até dezembro de 2011 e logo depois seguiu para uma clínica, com suspeita de lesão na coxa. “É a mesma dor que eu venho sentindo há três jogos”, resume. Vanderson sente incômodo também na coxa. “O caso dele pode ser até mais complicado porque o posterior dá arranque, explosão”, explica o médico Ivan Carilo. As dúvidas serão tiradas hoje, com o resultado dos exames e a realização dos treinos.

Enquanto isso, o gerente de futebol Renato Braz confirmou sua saída do clube ontem. Em tom amigável, ele deixou o cargo diretivo, mas não perderá contato. Com experiência em observar jogadores pelo interior do Nordeste, ele deve fazer uma parceria com o Vitória, em moldes ainda indefinidos.

Chegou a hora de Leandro Domingues

Chegou a hora de Leandro Domingues. Ainda que a condição de titular seja improvável, o técnico Vágner Mancini vai incluir o jogador na lista que enfrenta o Grêmio domingo. Muito pouco para o ídolo que retornou em maio, mas motivo ao menos de satisfação para quem só foi relacionado em duas partidas neste Brasileiro e não senta sequer no banco de reservas há 40 dias.

A suspensão de Willans e Ramon abre um lugarzinho no banco, caso a tendência com Jackson e Ricardinho seja mantida. O Estádio Olímpico traz boa recordação para Leandro, já que, no último encontro entre Vitória e Grêmio, em 2005, o Leão venceu por 2×1, com o segundo gol dele.

Coincidência boa para diminuir o saldo devedor que não contraiu sozinho. Só atuou por 25 minutos na vitória de 2×1 contra o Internacional, dia 22 de junho. Mas foi o último de seis meias a chegar na Toca do Leão, por insistência da diretoria, e desembarcou em meio à boa fase da equipe.

O prejuízo é também financeiro. Para trazer a peça fundamental no acesso à Série B, em 2006, o Vitória cedeu ao Cruzeiro 10% dos direitos econômicos do atleta, como pagamento pelo empréstimo de maio a dezembro. Desde então, o rubro-negro terá 40% do valor de uma futura venda e ainda tirou Leandro de outra vitrine onde poderia estar jogando e se exibindo (na época, o Botafogo tentou o empréstimo). O salário de Leandro Domingues é também um dos mais altos do Barradão.

O jogador evita polêmica. Questionado se a briga com o treinador do Cruzeiro, Adilson Batista, pode ter reflexos no atual momento, pisa com cuidado nas armadilhas das palavras. “Ele deve ter passado alguma coisa, né? Mas é isso mesmo, o treinador aqui (Vágner Mancini) é que decide. Eu tô quieto, treinando. Não vou procurar tumulto, não”. Idéia semelhante tem o meia Héverton, emprestado pelo Corinthians. Com informações do Correio da Bahia/adaptado

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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