Bahia comemora a valorização repentina da sede de praia

Além de não pagar nada que fosse herança da gestão anterior, a outra grande arma do Vitória para os dois acessos consecutivos no futebol brasileiro – amparado em salários sempre em dia – foi a venda de sua sede social, em 2006, na Praia de Armação.

Dos R$ 8 milhões arrecadados na época, descontadas as verbas de IPTU e de comissão para o corretor, sobraram cerca de R$ 6,9 milhões, segundo informa Jorge Sampaio, presidente rubro-negro, certamente lamentando, agora, a história do novo Plano Diretor Urbano.

O Bahia comemora a valorização repentina. Pretende arrecadar bem mais que o arqui-rival. Porém, apesar da perspectiva de entrada de recursos para os combalidos cofres tricolores, oposicionistas receiam de que os valores não sejam devidamente aplicados no clube. Não raro se encontra quem concorde com a negociação, mas reclame do contexto da história.

MAIS UMA – Diretores do Bahia vislumbram ótima chance para se investir pesado no futebol. E ainda reformar o Fazendão.

Desportistas de Salvador, todavia, criticam a perda de mais um equipamento na cidade, que fará falta, principalmente, aos praticantes da natação. Na sede azul, vermelha e branca há uma das únicas piscinas olímpicas do Estado. “Já não podemos contar mais com o Clube Português. Assim, fica difícil”, disse o jovem nadador Élcio Soares, do Baneb.

O detalhe é que são três as inscrições do local na prefeitura, tendo em vista as construções em seqüência, desde a década de 1960. Não por acaso, os boletos diferentes quando da cobrança de impostos ao tricolor.

Construção ocorreu em três etapas

A Sede de Praia Paulo Maracajá foi levantada com recursos do “Bolo Tricolor”, uma espécie de loteria implantada na administração do ex-presidente Osório Villas-Bôas, na década de 60. O Bolo era administrado pelo juiz Pedro Pascásio, também ex-presidente. A arrecadação era controlada fora da gestão do futebol e investida, exclusivamente, no patrimônio.

Depois da conquista do Brasileiro de 1988, o então presidente Maracajá, junto com o vice de Patrimônio, Antônio Pithon, construiu a piscina. O espaço chegou a ser bem freqüentado, havia bailes de Carnaval, mas caiu em decadência ao lado dos demais clubes sociais.

A sede está localizada na orla e dispõe de razoável infra-estrutura de lazer. Atualmente administrada pelo superintendente Ruy Acioly, é equipada com piscina olímpica, campos de futebol society, quadra poliesportiva, ginásio de esportes e bares. As mais recentes intervenções ocorreram na Era Marcelo Guimarães, graças à parceria com a iniciativa privada e à construção da casa de shows Espetáculo, dos empresários Jorge Roque, Paulo Vital, Ademir Ismerim e Eduardo Augusto” Materia de Nelson de Barros/ A TardeVeja mais aqui

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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